Operação de algodão em zona primária desonera cadeia logística

Soluções logísticas oferecidas pela TCP reduzem custos de exportação via Paranaguá

22.07.2019 | 20:59 (UTC -3)
Ana Cunha

As exportações brasileiras de algodão têm crescido nos últimos anos e atingiu, nos seis primeiros meses de 2019, o volume total de 533.579 toneladas, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A produção local, que tem origem, principalmente, no estado do Mato Grosso e como um dos destinos principais a Ásia, ainda enfrenta gargalos para deixar o país, principalmente, no que diz respeito à logística.

O diretor Comercial da TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, Alexandre Rubio, explica que os custos logísticos elevados oneram toda a cadeia. “A cadeia da exportação do algodão conta com muitos agentes logísticos envolvidos, o que acaba fazendo que os custos sejam elevados e que a lucratividade do produtor acabe diminuindo”, diz. “É preciso encontrar soluções que diminuam os steps e que tornem a operação mais barata e segura”.

A solução oferecida pela TCP Log – subsidiária logística da TCP, é a operação do produto em área primária do Porto, diminuindo o número de agentes envolvidos. “Toda a logística de exportação do algodão em Paranaguá acontece em zona primária. Dessa forma, o algodão chega ao Terminal em caminhão, é descarregado próximo do local de atracação dos navios, estufado em contêineres e já está pronto para o embarque”, explica Rubio, que complementa que nas retroáreas ou zonas secundárias, mais agentes são envolvidos na cadeia logística, o que gera maiores custos, tornando a operação mais extensa  e aumentando a probabilidade de falhas no processo.

Outra vantagem apontada pelo diretor é o reaproveitamento de frete rodoviário. “Paranaguá é o porto natural para exportação de algodão considerando o frete rodoviário. Existe um grande fluxo de caminhões entre o porto de Paranaguá e o estado do Mato Grosso, principalmente, com a importação do fertilizante e exportação de commodities, resultando em fretes demasiadamente competitivos quando comparado a outras regiões portuárias. Para a garantia de um serviço de qualidade, contamos com equipes dedicadas para a gestão da logística algodoeira”, ressalta o executivo.

Estrutura 

A TCP oferta aos exportadores de algodão uma das mais modernas estruturas portuárias do país, com armazém dentro da área alfandegada para a operação decross-docking em local coberto, longe de intempérie climática e com gestão operacional acompanhada. Na zona primária do Porto de Paranaguá, todo produto de exportação e importação movimentado pela TCP é monitorado 24 horas por dia, o que aumenta o nível da segurança. “Por possuir dois scanners para inspeção da Receita Federal, 100% das cargas movimentadas pela TCP são obrigatoriamente fiscalizadas pelos equipamentos, transmitindo mais segurança aos clientes”, diz.

Mercado chinês

Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apontam que o Brasil, na safra 2018/2019, foi o segundo maior exportador de algodão do mundo. Um dos principais mercados é a China, responsável por 25% das exportações brasileiras.

Alexandre Rubio ressalta que, por integrar o portfólio da China Merchants Port Holding Company (CMPort), o maior e mais competitivo desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China, o comércio com empresários daquele país é facilitado. “Além da China ser um dos grandes consumidores de algodão do mundo, consumindo cerca de 9 milhões de toneladas, é a porta de entrada para que os produtos brasileiros acessem a Ásia. “Nós somos o único porto do país com 100% das linhas marítimas para o continente asiático, além de sermos o porto chinês no Brasil, o que acaba se tornando um diferencial para que os negócios entre os dois países sejam ampliados”, finaliza.

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