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A Embrapa Arroz e Feijão recebeu hoje (28) autoridades e convidados para a cerimônia de posse dos novos integrantes da Chefia da Unidade. O evento aconteceu pela manhã, no auditório da sede do centro de pesquisa, na Fazenda Capivara, em Santo Antônio de Goiás. Além do presidente da Empresa, Celso Luiz Moretti, fizeram parte da composição da mesa o novo chefe-geral e o que deixa o cargo, os pesquisadores Elcio Perpétuo Guimarães e Alcido Elenor Wander, respectivamente; o Chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Arnoldo Dhaer Junqueira, que representou o superintendente da instituição em Goiás; o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil; o diretor de Agricultura Familiar da Prefeitura de Goiânia, Daniel Antônio da Silva, que representou o prefeito Íris Rezende, o superintendente do Senar/Goiás, Dirceu Borges, representando o presidente da instituição José Mário Schreiner.
Após a composição da mesa, o coral “Vozes da Embrapa”, formado por empregados da Unidade, cantou o Hino Nacional, dando abertura oficial ao evento de posse. O primeiro a discursar foi Alcido Wander, que fez um breve relato dos quase três anos à frente da Embrapa Arroz e Feijão. Lembrou que assumiu interinamente, em fevereiro de 2017, depois de três anos como chefe-adjunto na gestão anterior, de Flávio Breseghello, que precisou se afastar da administração do centro de pesquisa à época. Alcido afirmou ter trabalhado de forma a levar a Unidade ao crescimento junto às cadeias de produtos, tanto do arroz e do feijão, quanto da soja, milho, sorgo, algodão, leite, carne e florestas, componentes trabalhados pelos Núcleos Regionais de outros centros de pesquisa da Empresa instalados na sede da Embrapa Arroz e Feijão, que atua hoje como uma Unidade HUB. Ao final, agradeceu aos parceiros que auxiliaram nesse trabalho, destacando Senar e Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o CREA e as cooperativas de Agricultores. Agradeceu, ainda, aos três presidentes da Embrapa com os quais trabalhou: Maurício Lopes, Sebastião Barbosa e Celso Moretti, além dos diretores em todas estas administrações.
O novo chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão iniciou sua fala lembrando que, desde 1976, quando entrou para a Embrapa, por inúmeras vezes, esteve naquele mesmo espaço do auditório, mas não imaginava estar liderando a Unidade um dia. Agradeceu à família aos membros do conselho que conduziu a eleição de chefes e aos amigos de Unidade que sempre foram companheiros na construção desse centro de pesquisa e o ajudaram a chegar até esse momento. Elcio Guimarães construiu sua fala afirmando que pautará sua gestão em conteúdos que podem ser representados por três letras/palavras: E – EQUIPE, abordando a condição multidisciplinar que envolve a pesquisa da Embrapa, “um caldeirão de diversidade que nos vai permitir levar a Unidade à frente como desejamos levar”, disse. O desafio, segundo ele, será integrar essas capacidades em um objetivo comum. O chefe-geral abordou, ainda, a importância de cada empregado, qualquer que seja a função que exerça, lembrando o caso de um assistente que observou um fato novo ocorrendo em um material de descarte da pesquisa de arroz e que transformou a forma com que se desenvolve a pesquisa desta cultura no Brasil e fora dele.
A segunda letra é o P – PARCERIA, para o qual destacou a presença no auditório do engenheiro agrônomo e produtor Hélio Dal Bello, que preside o Grupo Técnico de Consultores de Feijão (GTEC-Feijão), com o qual a pesquisa e a transferência de tecnologias da Unidade têm estreita relação de trabalho no desenvolvimento da produção de feijão-comum. O novo gestor da Unidade falou ainda das pesquisas realizadas junto à UFG e das ações conjuntas ao lado do Senar/Faeg e CREA. “Parceria é fundamental para a pesquisa evoluir”, afirmou Elcio.
A última letra é o G – GOL (do inglês goal - Objetivo). “É preciso ter foco, trabalhando dentro das demandas que nos apareçam para atingirmos os objetivos”, afirmou. Elcio convida a todos para que se dediquem a manter a atenção extremada a essas relações de parcerias para que os objetivos sejam comuns e os resultados mais eficientes. Sobre isso, o pesquisador lembrou que os trabalhos de visitas a parlamentares goianos em busca de apoio à Unidade, mesmo antes da posse, surtiram efeitos e se transformaram em Emendas Parlamentares que já destinaram R$350 mil reais para o centro de pesquisa em 2020.
Arnoldo Dhaer, do MAPA, foi o próximo a falar. De forma rápida, ele agradeceu pelas parcerias de sucesso e deixou as portas abertas para trabalhos futuros, desejando sorte ao novo grupo gestor da Embrapa Arroz e Feijão.
O presidente da Embrapa falou fechando o evento. Ele lembrou que a Embrapa Arroz e Feijão foi a primeira unidade que visitou quando iniciou seus trabalhos na gestão da empresa, “tenho um carinho muito grande por esse centro de pesquisa”, afirmou. Celso Moretti agradeceu a todos os presentes, em especial ao sistema “S” pelas parcerias, não apenas em Goiás, lembrando das ações dentro do plano de ação “AgroNordeste”, do MAPA. Ele destacou a dedicação Alcido Wander nos três anos que chefiou a Unidade, cumprimentou Elcio pela posse e prestou homenagem ao pesquisador Pedro Arraes, pelos trabalhos realizados, primeiro como chefe da Unidade, depois, como presidente da Empresa.
Celso Moretti destacou os trabalhos realizados pelos Núcleos Regionais dentro da Embrapa Arroz e Feijão, como um ponto de união dentro da Empresa. “Vejo passando um filme em minha mente, com tantos colegas de trabalho com os quais convivi, desde a Universidade de Viçosa, como Roberto Zito, da Embrapa Soja, que encontro aqui hoje”, disse. Ele ressaltou o fato de que a presença de tantos centros de pesquisa juntos, estudando diversas culturas, demonstra o desenvolvimento que está acontecendo no Centro-Oeste. “Não há mais apenas uma ou duas culturas, a integração aumentou a área plantada aqui de 11 milhões para 16 milhões de hectares”, afirmou o presidente. Segundo ele, é preciso fazer uma reflexão sobre como trabalhar os sistemas integrados, pois este é o caminho.
O presidente lembrou que o Brasil deixou de ser um país que importava alimentos, que convivia com pobreza gigante no campo e a inexistência de tecnologias para agricultura tropical e fez uma revolução gigantesca nas últimas décadas. “Tudo isso, graças à Embrapa, que trabalhou em parceria com empresas de assistência técnica e extensão, universidades e todas as empresas de pesquisa, mesmo as do setor privado, que acreditaram ser possível mudar esse cenário”, complementou.
Sobre o arroz, o presidente observou que o sul do Brasil é o maior produtor do país e que a união de esforços da Embrapa Arroz e Feijão e da Embrapa Clima Temperado pode gerar soluções para dramas que os produtores vivem, acerca do uso adequado da água e defensivos agrícolas e, até para produzir arroz para exportação. Já a respeito do feijão, Celso Moretti falou sobre a área plantada, que chega a três milhões de hectares, a maioria com cultivares BRS. “Recentemente, fui cumprimentado por pesquisadores norte-americanos pelo advento do feijão Resistente ao Mosaico Dourado (RMD), pois não acreditavam que um dia conseguiríamos uma cultivar assim”, revelou.
A Norma 037.005.004.002 (RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE CANDIDATOS AO CARGO DE CHEFE-GERAL DE UNIDADE DESCENTRALIZADA DA EMBRAPA) informa, em seu item 4, que o Plano de Trabalho da nova gestão foi feito para dois anos, com a possibilidade de duas reconduções, de modo que o tempo total possível é de seis anos de permanência dessa equipe à frente da Embrapa Arroz e Feijão.
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