John Deere lança simulador para treinar operadores de colhedoras de cana
Um novo encontro entre lideranças do setor fumageiro do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e o ministro-conselheiro da embaixada do Brasil na Coreia e chefe da delegação brasileira, Sergio Luis Lebedeff Rocha, ocorreu nesta quarta-feira (14), na Coréia do Sul, dessa vez com a participação dos parlamentares gaúchos presentes em Seul.
De acordo com o secretário da Afubra e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, os deputados Adolfo Brito, Heitor Schuch, Marcelo Moraes e Pedro Pereira, em conjunto com os dirigentes do setor, tiveram espaço para expressar suas preocupações sobre possíveis medidas contrárias ao setor produtivo do tabaco, propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A comitiva de deputados e de dirigentes da Afubra, Fetaesc, Farsul e SindiTabaco relatou as potencialidades do setor no Brasil, como a geração de emprego e renda para mais de 650 municípios da região sul do país. O ministro também foi alertado sobre os prejuízos ao sistema integrado de produção caso proliferem as ideias levadas à discussão na Conferência das Partes (COP 5), assim como as questões inerentes à redução da área de plantio e ao atual sistema de crédito que financia a lavoura de tabaco. Outra questão abordada com Lebedeff diz respeito ao mercado paralelo. Os representantes fizeram um alerta ao ministro sobre uma elevação ainda maior da tributação que incide sobre o setor, medida que vai estimular cada vez mais a ilegalidade.
O ministro, conforme Schneider, ouviu atentamente as ponderações. "Ele manteve a declaração emitida no encontro anterior, ou seja, o governo brasileiro não vai permitir que haja interferência no plantio e limitação de área", diz. Para Lebedeff, frisa, a posição governamental segue esta direção e deverá ser mantida até a votação final.
Durante o encontro, o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, lembrou da correspondência enviada ao chefe da Secretaria da Convenção Marco da OMS para o Controle do Tabaco, Haik Nikogosian. Para o dirigente, cercear a liberdade é um dispositivo antidemocrático. "Quem deve decidir qual o caminho que deseja tomar é o produtor. E caso ele prefira manter-se na atividade fumageira, jamais poderá ser discriminado como cidadão, principalmente quando se fala em políticas governamentais", disse. Para o Brasil, segundo Werner, o tema é altamente complexo. "Como o país é um grande produtor, a atividade engloba muitos fumicultores. Apontar alternativas que garantam mercado, preço mínimo e razoável rentabilidade a cada nova safra é uma tarefa gigantesca", complementou.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura