MT pede inclusão no 'estado de emergência' contra lagarta

05.11.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

A declaração do estado de emergência fitossanitária apenas para o oeste baiano no caso da adoção de medidas de controle da lagarta Helicoverpa armigera frustrou os produtores de Mato Grosso. O diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Luiz Nery Ribas, afirmou que os produtores estavam na expectativa que a emergência abrangesse todas as áreas produtoras de soja, milho e algodão, que correm risco de infestação da praga.

O estado de emergência para o Oeste da Bahia foi declarado por meio de portaria do ministro Antônio Andrade, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. A medida permite a importação emergencial de produtos ainda não registrados pelo comitê formado pelo Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Nery Ribas, os produtores de Mato Grosso estão preocupados porque a presença da lagarta foi constatada em mais de 30 municípios durante o período de vazio sanitário da soja, que perdurou até 15 de setembro. Ele diz que agora a preocupação aumenta porque já foram semeados mais de 60% dos 8,2 milhões de hectares que serão destinados à soja no Estado nesta safra. Em conjunto com o serviço de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, a Aprosoja/MT montou um sistema de alerta para a Helicoverpa armigera, com instalação de armadilhas de feromônio (hormônio sexual) da mariposa nas regiões produtoras para acompanhar a dispersão da praga.

O diretor da Aprosoja/MT afirmou que a entidade vai reforçar junto ao Ministério da Agricultura a inclusão de Mato Grosso na declaração do 'estado de emergência', a fim de que os produtores locais também possam importar o benzoato de emamectina, agrotóxico considerado o mais eficiente para o controle da lagarta, cuja voracidade está provocando pânico nas principais regiões produtoras de grãos e algodão do País. A liberação da importação e uso emergencial de agrotóxicos sem registro nos órgãos competentes foi autorizada por um decreto sancionado na semana passada presidente Dilma Rousseff.

Foto: Flavio Gassen

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