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Vários são os fatores naturais que fazem de Mato Grosso do Sul um Estado em potencial para investimentos no setor florestal. Foi o que mostrou o Plano Estadual de Florestas (PEF) lançado nesta terça-feira (28/07) pelo governo do Estado.
“Concretizamos hoje mais um passo para o desenvolvimento estadual”, disse o governador André Puccinelli ao explicar que a nova ferramenta possibilitará a interiorização do desenvolvimento econômico e social. O PEF prevê que até 2030 a área cultivada chegue a 1 milhão de hectares quando, paralelamente, os investimentos no setor podem chegar a mais de R$ 20 bilhões.
O PEF, idealizado pela Câmara Setorial de Florestas, e desenvolvido pelo Sebrae/MS – atual gestor do Arranjo Produtivo Local de Florestas – em parceria com Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), será implantado em cinco etapas, que deve ocorrer ao longo de 12 anos, contemplando programas estratégicos para o fortalecimento do setor.
Conforme destaca a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Seprotur), o projeto propõe a consolidação de um modelo sustentável de desenvolvimento setorial, com significado substancial na estrutura social, econômica e ambiental do Mato Grosso do Sul. “A vontade política em diversificar a base econômica, aliada a instrumentos amparados por lei [a exemplo do MS Empreendedor] cria uma ‘ambiência’ que favorece investimentos na cadeia”, pontua Tereza que comentou já estar tendo demandas de ‘Fundos’ (investidores) que tem interesse e conhecer o Plano e realizar investimentos no Estado.
O diretor técnico do Sebrae/MS, Tito Manuel Estanqueiro, destacou durante a solenidade que PEF ajuda a criar mecanismos de trabalho para os potenciais investidores do setor, e mais do que isso, “irá nos permitir alcançar um cenário ousado com o fortalecimento da micro e pequena empresa, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado”.
O coordenador da Câmara Setorial de Florestas e também presidente da Associação dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Luiz Calvo Ramires Júnior, explicou que o projeto tem um diferencial muito favorável, pois sua estratégia tem o que ele chamou de dois caminhos: “a atividade já vem sendo fomentada no Estado e atraindo grandes investimentos, mas a partir de agora vamos ampliar a área de florestas para atender atividades que ainda não desenvolvemos [como a produção MDF], possibilitando novos negócios não só para os grandes, mas também pequenos e médios investidores”, sinalizou ele.
PLANO DE AÇAO PEF
O lançamento marca a conclusão da primeira etapa do PEF. Já a segunda etapa – que deve ocorrer em até seis meses – prevê a institucionalização do Plano junto a Assembléia Legislativa do Estado e a formação de uma Unidade Gestora. Para sua implantação, de fato, está prevista na terceira etapa a implementação dos programas estratégicos para os setores público e privado. Com prazo de execução de até 2 anos, a etapa contemplará a instalação e atração de investimentos; extensão e fomento florestal; desenvolvimento tecnológico; e criação de um banco de dados florestal.
Na quarta etapa, com prazo de dois a seis anos, é prevista a consolidação da proposta, onde serão avaliados os impactos obtidos. Neste momento, também é esperada a consolidação competitiva do setor. Já na quinta e última etapa, para ocorre em 6 a 12 anos, são previstas as políticas de fortalecimento e ampliação do setor e sua modernização, por meio de novos processos, tecnologia, criação de novos produtos e conquista de novos mercados.
A meta estratégica do PEF é formar e consolidar um “cluster floresto-industrial” (entenda-se como Arranjo Produtivo Local, ou ainda, uma integração entre os atores) de maneira que as empresas florestais e industriais existentes, bem como as novas a serem estabelecidas, possam alcançar elevados níveis de competitividade e sustentável social, econômica e ambientalmente.
Portanto, para atender as novas demandas – a expectativa para 2030 é de alcançar cerca de 35,5 milhões de m cúbicos – a previsão do Plano Estadual de Florestas é que a área plantada no Estado seja ampliada para 1 milhão de hectares nos próximos 11 anos. Além de calcular investimentos na cadeia produtiva de R$ 20 bilhões e geração de mais de 170 mil empregos (entre direto e indireto), o impacto dos investimentos previsto para até 2030 é da ordem de 83%, considerando que o PIB atual do Estado é da ordem de R$ 24,3 bilhões.
FLORESTAS EM MS
Mato Grosso possui hoje 284 mil hectares de florestas plantadas, sendo 265 mil de eucaliptos e 19 mil de pinus. Além das grandes indústrias instalas – VCP (Três Lagoas), Vetorial (Ribas do Rio Pardo, Campo Grande e Corumbá), MMX (Corumbá), Maseal (Campo Grande) e Sitrel (investimento em fase inicial de implantação em Três Lagoas) – hoje são mais de quinhentas empresas trabalhando diretamente ligadas ao setor de florestas plantadas.
Cristiane Sandim
Assessoria de Imprensa Seprotur
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