MPA apresenta microusina de cachaça e etanol no Pavilhão da Agricultura Familiar

Respeitar o meio ambiente e as relações humanas, por meio do cooperativismo, é o principal objetivo do projeto de geração de energia líquida renovável do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Para divulgar as tecnologias de geração de bioenergia e incentivar a produção pela agricultura familiar, o Movimento expõe no Pavilhão da Agricultura Familiar da 34ª Expointer, pela primeira vez, uma unidade demonstrativa de etanol.

De acordo com o integrante da direção do MPA, Maister Freitas da Silva, o Movimento organiza os pequenos agricultores em busca da qualidade de vida no campo. “A energia da biomassa é garantia de futuro. E não pode ficar longe dos pequenos agricultores. Atualmente, ela ainda está muito concentrada no agronegócio, nos grandes canaviais de São Paulo”, afirmou o expositor.

O Rio Grande do Sul é o estado onde sete microdestilarias estão operando. O projeto, desenvolvido no Estado desde 2005, foi implantado em 2006, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Petrobrás. A capacidade de produção de cada microusina muda conforme o sistema utilizado. Há as que funcionam 24 horas e as que operam com carga energética menor. A produção inicial é de 600 litros/dia, podendo chegar até 5000 litros/dia.

Silva destacou que o projeto da microdestilaria de produção de cachaça e etanol pelos próprios pequenos agricultores aproveita as potencialidades locais, fazendo do campo e das comunidades um espaço de vivência, de organização social, política e de produção. “Verdadeiras trincheiras na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, sem exploração”, resumiu.

A exposição da microdestilaria quer mostrar que o projeto é capaz de cuidar da natureza, produzindo energia alternativa, a partir de um outro modelo de agricultura e de novas relações sociais de trabalho.