Mosca negra dos citros é discutida na Embrapa

O evento visa discutir medidas para minimizar os prejuízos que os citricultores do território do Recôncavo Baiano

15.06.2016 | 20:59 (UTC -3)
Léa Cunha

Nesta quinta-feira (16 de junho), na sede da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acontece o Seminário Regional sobre Mosca Negra dos Citros, realizado pelo Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) e pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

O evento visa discutir medidas para minimizar os prejuízos que os citricultores do território do Recôncavo Baiano estão acumulando desde 2012, quando se percebeu a presença da praga. Muitos deles têm se desestimulado com a atividade e abandonado áreas produtoras.

A citricultura constitui-se na base da economia da região, sendo a principal fonte de renda da maioria dos agricultores familiares. Cultivada em quase todos os municípios, ocupa uma área de aproximadamente 10 mil hectares. Em 2014, alcançou uma produção de 169.928 toneladas de frutos, gerando uma receita bruta de R$74,9 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE) de 2014. Observa-se uma queda de aproximadamente 20% na produção de 2014 em relação a 2011.

Mosca negra
De origem asiática, a mosca negra (Aleurocanthus woglum) causa danos diretos e indiretos aos citros e prejudica o desenvolvimento e a produção das plantas. Pode ser disseminada por transporte de material vegetal, principalmente plantas ornamentais, pelo homem e carregada pelo vento.

As espécies de citros são os hospedeiros primários, mas a praga pode infestar mais de 300 espécies de plantas, incluindo abacateiro, cajueiro, videira, lichiera, goiabeira, mamoeiro, pereira e roseira, plantas ornamentais e daninhas, sendo transportadas facilmente entre regiões.

Programação
O seminário consta de quatro palestras e uma mesa-redonda. No turno matutino, as palestras são: Panorama Socioeconômico da Citricultura, com Ênfase ao Território do Recôncavo (José de Souza, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura), Desafios da Sustentabilidade da Citricultura no Recôncavo (Jorge Raimundo Silva Silveira, engenheiro-agrônomo Fundação Luís Eduardo Magalhães), Ações da Defesa Fitossanitária na Citricultura Baiana (Suely Brito, coordenadora do Programa Fitossanitário dos Citros da Adab), Manejo Integrado da Mosca Negra dos Citros e Experiências de Sucesso com o Uso de Insetos Predadores desta Praga (Wilson Maia, pesquisador e professor da Universidade Federal do Pará.

Pela tarde, a mesa-redonda Discussão do Plano de Ação para o Controle da Mosca Negra dos Citros tem como debatedores Wilson Maia, Suely Brito, Antônio Souza do Nascimento (pesquisador da Embrapa), Marcos Roberto da Silva (professor de Mecanização Agrícola da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB).

O evento conta com o apoio de FrutBahia, Rebouças Citrus, prefeituras municipais de Sapeaçu, Santo Antônio de Jesus, Muritiba e Governador Mangabeira e Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar (Ascoob).


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