Monsanto integra Projeto AGORA, em prol das energias renováveis

02.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

A indústria sucroenergética, os produtores de cana-de-açúcar e um grupo de empresas envolvidas na cadeia de produção, entre as quais a Monsanto, anunciaram uma das maiores iniciativas institucionais já implantadas por um segmento econômico: o Projeto AGORA – Agroenergia e Meio Ambiente.

Trata-se de uma ampla campanha de Marketing e Comunicação em prol das energias renováveis, geradas a partir da cana-de-açúcar e outras matérias-primas agrícolas. O anúncio foi feito segunda-feira (01/06), durante o Ethanol Summit.

De forma similar aos fabricantes de leite dos Estados Unidos – que impactaram fortemente a opinião pública com a famosa campanha “Got Milk” –, as empresas brasileiras acreditam que cabe ao próprio setor trabalhar de forma coordenada por uma comunicação eficiente a respeito de sua real contribuição para o país nas áreas econômica, social e ambiental. Apesar do potencial de crescimento do negócio, da geração de empregos e divisas e das contribuições ambientais, a cadeia produtiva sucroenergética tem seu desempenho e sua reputação impactados por muita desinformação e por retratos descolados da realidade. “Por este motivo, reunimos as empresas da cadeia produtiva para identificar a melhor estratégia para reverter este quadro e o caminho encontrado foi desenvolver o Projeto AGORA”, explica o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank.

Os objetivos do Projeto AGORA são esclarecer e promover o debate sobre questões relacionadas às mudanças climáticas e ao meio ambiente, destacando a contribuição do etanol e da bioeletricidade; informar e fomentar a cadeia produtiva sucroenergética, salientando os seus impactos e benefícios econômicos e sociais para o Brasil; ampliar o consumo de etanol em veículos automotores, incentivar novos usos do produto (motocicletas, ônibus, tratores, bioplásticos, etc.) e o crescimento da bioeletricidade; e esclarecer mitos sobre o setor. No primeiro ano do projeto, as ações serão focadas no mercado interno e voltadas para consumidores, formuladores de políticas públicas e estudantes do ensino fundamental das redes públicas estaduais. As ações serão desenvolvidas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Bahia.

Projeto educativo

Uma das campanhas do Projeto AGORA será de cunho educativo e tem o objetivo de informar professores e estudantes sobre as causas do aquecimento global e as formas para suavizar as mudanças climáticas, incluindo o papel das energias renováveis. Denominada “Desafio Mudanças Climáticas”, a ação terá como foco alunos do ensino fundamental das escolas estaduais dos oito Estados. A iniciativa incluirá apoio aos professores para o desenvolvimento de aulas sobre o tema e um desafio para estimular a participação dos alunos. Ao todo, serão envolvidas 11.700 escolas, 47 mil professores e cerca de 2,3 milhões de alunos de 7ª e 8ª séries, além de diretores e pedagogos. O projeto conta com o apoio das secretarias estaduais de educação e premiará os 70 melhores trabalhos escritos em todo o país.

Paralelamente, o projeto vai ampliar o conhecimento sobre a produção de biocombustíveis, por meio de ferramentas e ações de comunicação, como a construção de um site na Internet, focado em temas ambientais com links para outros sites ou blogs voltados para temas de sustentabilidade. Também será criado o Prêmio Top Etanol e Top Bioeletricidade, com periodicidade anual, que visa reconhecer e premiar acadêmicos, personalidades, jornalistas, lideranças governamentais, formadores de opinião e os melhores trabalhos feitos por estudantes universitários e do ensino fundamental.

Outra medida será a realização de mapeamento da cadeia produtiva sucroenergética, para dimensionar o faturamento e a geração de divisas e de empregos diretos e indiretos de todos os agentes, com vistas a valorizá-la perante a opinião pública. O projeto AGORA prevê, ainda, a montagem de estandes ou a participação em seminários nos eventos mais relevantes do setor, além de maior presença na mídia. Por fim, o projeto pretende criar canais de comunicação com os que produzem e aprovam a legislação vigente no País, fornecendo informações consistentes sobre o mercado de biocombustíveis, perspectivas e entraves para os avanços no mercado interno e externo.

“Esperamos com esta parceria com a Unica dar mais um passo no cumprimento de nossa missão, que é produzir mais, conservar mais e ajudar os agricultores. Sabemos da necessidade de conscientizar a cadeia produtiva sobre a importância da adoção de práticas mais sustentáveis para a produção de alimentos, fibras e energia. Este projeto está alinhado com o que temos feito na Monsanto”, observa André Dias, presidente da Monsanto do Brasil.

Também integram o projeto: a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e sindicatos estaduais da indústria sucroenergética, Itaú-Unibanco holding, Basf, Dedini e Sew Eurodrive.

Fonte: CDI - (11) 3817-7925

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