Modelo de sucesso no agronegócio, startups atraem o jovem de volta ao campo

YAMI abre espaço para a discussão sobre a importância do negócio no desenvolvimento tecnológico do setor

06.09.2019 | 20:59 (UTC -3)
Mariele Previdi

O agronegócio brasileiro passou por grandes mudanças nos últimos anos, seja para atender a demandas de qualidade internacional ou se adequar às exigências da sociedade. Porém, a maior delas está no campo prático com a inserção da tecnologia, que abriu espaço para o desenvolvimento de soluções diferenciadas para atender as novas necessidades do campo, oferecendo para as startups um espaço de atuação como maiores fornecedoras destes recursos.

Frente a este cenário o YAMI – Youth Agribusiness Movement International, primeiro congresso para jovens do agronegócio, que será realizado no Transamerica Expo Center, nos dias 08 e 09 de outubro, em São Paulo (SP), abre espaço na programação do seu primeiro dia para o painel “De Startups a Startwinners” dedicado a falar sobre a importância deste modelo de negócio para o setor e seu modo de atuação.

“O agro precisa de mais recursos e esse modelo de negócio é um verdadeiro laboratório. A agilidade em validar pensamentos e a disrupção digital o torna uma peça chave para solucionar problemas, melhorar a eficiência e revolucionar não só a maneira de produzir, mas de gerir as propriedades rurais. As startups brasileiras têm o papel de fortalecer o homem do campo e prepará-lo para o agro 4.0, transformando ideias em soluções”, salienta Rodrigo Francisco Loncarovich Gomes, fundador da Agro Academy – Sambatech e palestrante do YAMI.

Para Loncarovich, a importância do YAMI está em compartilhar o conhecimento, experiência e ideias. “O campo hoje é muito dinâmico, e com isso requer cada vez mais conhecimento e espírito inovador dos profissionais, e eventos como este contribuem na formação dos líderes do amanhã”.

Do pensamento ao sucesso

A força do agro e a relevância que ele tem no PIB do Brasil redireciona o caminho dos jovens e abre portas para diferentes startups. O setor é rentável, produz muita riqueza e, com as novas tecnologias, permite ao novo profissional manter sua vida urbana e gerenciar seu negócio com mais assertividade.

Guilherme Lago, gestor de Inovação e Redes da Pulsen Raízen e um dos palestrantes do painel, explica que o agronegócio é um celeiro de oportunidades para vários negócios que estão ganhando maturidade e tração no mundo agrícola.

“Existem quatro pilares que consolidam a inserção das startups no setor, que são o sensoriamento de solo, o maquinário, a previsão climática e o monitoramento de praga e produtividade. Todos integrantes de um processo tecnificado e de uma transformação iminente. A tendência é que o jovem tome gosto e volte ao campo”, acrescenta Lago.

Para o CEO da @Tech, Tiago Albertini, o movimento das startups traz para o debate conceitos de inovação e empreendedorismo fora do status comum. “Muitos jovens saindo de cursos como economia e administração estão procurando as startups, que têm sido uma opção de primeiro emprego. Hoje, cada vez mais, esse público deixa as grandes metrópoles atraídos por cidades do interior, justamente por esse novo movimento das tecnologias”, finaliza Albertini.

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