IHARA leva tecnologias para o 8º Congresso Brasileiro do Algodão, em São Paulo/SP
Aproveitando a presença de alguns dos maiores produtores mundiais de cacau, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, defendeu a construção conjunta de medidas para a sustentabilidade da economia cacaueira. A ideia foi sustentada durante a abertura da 74ª Assembleia Geral e Reunião do Conselho de Ministros da Aliança dos Países Produtores de Cacau (Copal, sigla em inglês), realizada nesta quarta-feira, 14 de setembro, em Brasília.
“Apostamos no fortalecimento da Copal como forma de consolidar o consenso e ampliar a influência dos países produtores de cacau, respeitando a diversidade que nos distingue e a soberania que nos fortalece”, declara.
Segundo Mendes Ribeiro Filho, o Brasil vem perdendo espaço na cadeia internacional de cacau. O país tornou-se importador do produto na década de 90, quando ocorreu a introdução da vassoura-de-bruxa na região cacaueira da Bahia – principal área de cultivo no país.
Para buscar a auto-suficiência de produção e o incremento da competitividade do setor, o governo vem realizando uma série de esforços e ações por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). As principais, de acordo com o ministro, são a geração e difusão de tecnologia, a capacitação de mão-de-obra, o crédito rural orientado e o fomento à verticalização da produção através de plantas industriais adaptadas ao processamento local dos pequenos produtores.
Outro ponto fundamental, na visão de Mendes Ribeiro Filho, são os programas voltados à inclusão social e à eliminação da pobreza, cujos resultados têm se refletido na redução da desigualdade social e aumento do consumo per capita de chocolate no país.
“É inaceitável que um cultivo baseado em sistemas de produção francamente conservacionistas e multidiversificados continue associado a tão baixos níveis de realização econômica e social”, salienta.
Um dos maiores exportadores e produtores de cacau do mundo e onde a cultura representa 40% das exportações e 15% do PIB, a Costa do Marfim desenvolve diversas iniciativas para estimular a produção do fruto e, paralelamente, reduzir problemas sociais como a exploração infantil e o êxodo rural.
Para o ministro do Comércio da Costa do Marfim, Banzio Dagobert, os resultados positivos alcançados nos últimos anos são resultado de investimentos em diversas áreas, como uma política nacional de securitização, garantia de preço mínimo, pesquisa agrícola (técnicas e variedades) e certificação dos produtos, por meio de rastreabilidade e controle da qualidade.
“Precisamos desenvolver estratégias de comunicação e harmonizar métodos e indicadores. A Costa do Marfim está pronta para se comprometer com todos os países nesses combates nobres”, garante.
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