Produtor de milho está perdendo lucratividade com alta no câmbio em MT
Durante reunião com a vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Rachel Kyte, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que o Brasil cumprirá a meta definida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) de aumentar em 40% a produção de alimentos até 2050, contribuindo para o desafio de vencer a fome no mundo.
“Com tecnologia e inclusão social no campo, o país tem condições de alavancar sua produção sem aumentar a área desmatada”, afirmou Kátia Abreu durante reunião nessa quarta-feira (1º) com a equipe do Banco Mundial.
“Temos um exército de produtores que estão excluídos do agronegócio. Sabemos que, com investimento em tecnologia, podemos tornar produtivas terras que estão sem uso adequado. Assim, ultrapassaremos a meta da FAO de aumentar em 40% a produção até 2050. Podemos chegar muito além do que isso, e sem desmatar”, declarou a ministra.
Rachel Kyte elogiou o desempenho da agricultura brasileira e destacou a “revolução de produtividade” pela qual passou o setor de grãos nas últimas décadas. “Mas entendemos que as mudanças que estão à frente são um desafio ainda maior”, acrescentou. “Temos convicção de que podemos gerenciar a terra de forma que a emissão de gases de efeito estufa reduza e a produtividade aumente”, afirmou a vice-presidente do Banco Mundial.
Agricultura de Baixo Carbono
Para alavancar a produtividade dos agricultores brasileiros sem aumentar o desmatamento e a emissão de carbono no meio ambiente, o Mapa pretende manter investimentos no Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), apoiar agricultores de baixa renda com capacitação técnica e conhecimento sobre agricultura sustentável, investir em irrigação e plantação de florestas.
“Há diversas técnicas eficientes para evitar a liberação de CO2, mas que ainda precisam ser democratizadas entre os nossos agricultores. Nós fazemos uma agricultura sustentável, porém temos que ajudar os pequenos a também contribuírem com o meio ambiente”, afirmou.
Kátia Abreu afirmou aos executivos que o Brasil tem 61% dos seus biomas preservados, o que representa 517 milhões de hectares de vegetação nativa. O continente africano, por exemplo, tem apenas 7,8%, a Ásia, 5,6% e a Europa, 0,3%. “É o maior território mundial de preservação. Nós só produzimos essa gigantesca agricultura em 27% do território nacional”, explicou.
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