Uso de defensivos à base de brometo de metila é prorrogado
Com mais de um milhão de hectares plantados, Minas Gerais produz mais de 50% de toda a safra brasileira de café. A principal commodity de exportação do agronegócio mineiro, o café é vendido para mais de 60 países do mundo. Segundo a Conab (Set./2014), os cafeicultores de Minas produziram, em 2014, 22,6 milhões sacas de café, das quais 10,7 milhões são provenientes do Sul e Centro-Oeste do Estado; 5,8 milhões do Cerrado Mineiro (Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste); 5,3 milhões da Região da Zona da Mata, Rio Doce e Central; e 762 mil do Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri.
Tais números são reflexo dos esforços dedicados à pesquisa cafeeira em Minas, como o da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG, e ainda da Universidade Federal de Viçosa – UFV e Universidade Federal de Lavras – Ufla, três instituições mineiras das dez fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O agronegócio café, além de expressivo economicamente para o Estado, tem ainda grande importância social, pois gera em torno de 4 milhões de empregos diretos e indiretos (FAEMG-2012).
A EPAMIG – Há mais de 40 anos desenvolve estudos fundamentais para a tecnificação das lavouras, aumento da produtividade e melhoria da qualidade de vida dos cafeicultores. Nesse período, a média de produtividade aumentou no estado: saltou de 11 para 22,6 sacas por hectare. Os resultados de pesquisa incluem temas como preparo do solo; desenvolvimento de novas cultivares resistentes a pragas e doenças e com maior produtividade; indicação de cultivares selecionadas; controle químico e biológico de pragas e doenças; cuidados pós-colheita, entre outros.
Em conjunto com instituições do Consórcio e parceiros, a EPAMIG desenvolveu 15 cultivares de café e outras sete estão à espera de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa. As cultivares são resultado do Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, o qual se baseia em cruzamentos de diferentes materiais genéticos de interesse do agronegócio café. Elas produzem mais, sem aumento da área de cultivo, são adaptadas às mudanças climáticas, desenvolvem-se bem em regiões secas e montanhosas e, o que é fundamental, são resistentes às principais doenças do cafeeiro. Os estudos de melhoramento genético do cafeeiro na EPAMIG começaram na década de 70, após a ferrugem ser constatada na cafeicultura brasileira.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura