Mercado do milho segue com poucas opções de negócio em Minas Gerais

Milho encontra barreiras na queda de preço, que ocorreu já há alguns dias e hoje está mais amena

14.06.2022 | 14:12 (UTC -3)
Vinicius Macedo
Milho encontra barreiras na queda de preço, que ocorreu já há alguns dias e hoje está mais amena. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Milho encontra barreiras na queda de preço, que ocorreu já há alguns dias e hoje está mais amena. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

O mercado de grãos mineiro segue travado. Embora haja uma procura por parte da ponta compradora, a baixa disponibilidade de soja, tendo em vista a data do ano, dificulta a intensificação dos negócios, apesar da relativa alta do preço desse grão. É o que afirma o analista Bernardo Lopes, da Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos.

“O milho, por sua vez, encontra barreiras na queda de preço, que ocorreu já há alguns dias e hoje está mais amena. Isso ajuda a manter os compradores e produtores em espera, aguardando maiores quedas no valor da saca e uma recuperação no mercado, respectivamente falando”, diz Lopes. “Já o sorgo apresenta uma realidade um pouco diferente e começa a movimentar, sobretudo o mercado de suinocultores e demais granjeiros”, completa.

Cotações Tarken

Já no início dessa semana, houveram relatos acerca de negociações de sorgo em torno dos R$ 70 a R$ 71 em regiões do Triângulo Mineiro, como em Santa Vitória. Apesar disso, produtores tem especulado bastante e é possível encontrar ofertas mais altas, rondando a casa dos R$ 75 retirado.

Preço do milho

Já para o milho, as principais cotações Tarken de segunda-feira foram:

Uberlândia: R$ 81,00

Unaí: R$ 78,00

Itanhandu: R$ 86,00

Preço da soja

Já em relação a soja, as principais cotações de segunda-feira, segundo a Tarken, foram:

Uberlândia: R$ 180,00

Unaí: R$ 177,00

Itanhandu: R$ 192,00

Enquanto a variação do milho ficou na casa dos centavos, representando uma variação percentual muito sensível, as cotações de soja já apresentaram uma evidente mudança em relação à última segunda-feira, dia 6 de junho. O delta médio das cotações nas 3 cidades citadas ficou na casa dos 6 reais e 30 centavos, uma variação de cerca de mais de 3,6% no preço.

Segundo o relatório do Safras, os principais contratos em vigor, na B3, no final da última semana indicaram queda nos preços. Contudo, são esperadas poucas mudanças para essa semana, e é fundamental acompanhar indicadores externos que influenciam diretamente a movimentação na BM&F, como a CBOT (Bolsa de Valores de Chicago).

Segundo Bernardo, não há previsão de muitas mudanças no mercado mineiro esta semana, ainda mais com a variação dos preços. “Muitos personagens do mercado têm passado o feedback de que é necessário aguardar a estabilização e, sobretudo, o início da colheita do milho safrinha que o volume de negócios volte a retomar volumes expressivos”, explica o analista.

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