Mato Grosso já registra 76 focos de ferrugem asiática

08.01.2010 | 21:59 (UTC -3)

De acordo com os dados da terceira edição do Projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT de novembro do ano passado até terça-feira (05/01) já são 76 focos confirmados de ferrugem asiática na safra 2009/2010 em Mato Grosso, contra apenas três casos registrados na safra 2008/2009. O aumento da incidência da doença no estado é de mais de 2000%.

No total de novembro até o dia 5 foram 1882 amostras analisadas pelo projeto, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 985 amostras, o que significa crescimento de mais de 100% no número de amostras analisadas. A região Sul é a que tem o maior número de casos com 59 focos, sendo 16 no município de Itiquira. As amostras estão sendo coletadas pelos próprios produtores de soja e pelos supervisores de campo da associação e são levadas para análise nos 18 mini-laboratórios da entidade que estão localizados nos municípios núcleos.

De acordo com o presidente da Aprosoja/MT Glauber Silveira o clima tem favorecido o aparecimento da doença. “A abundância de chuvas é o fator de maior peso na safra atual para o aparecimento da ferrugem na maioria das regiões produtoras”.

Antes mesmo da confirmação dos primeiros casos em novembro, a Aprosoja vem alertando para a necessidade de intensificar o monitoramento e de redobrar os cuidados. “Em algumas regiões a colheita já começou, isto também facilita a propagação do fungo e favorece o surgimento da ferrugem”, lembra Glauber.

De acordo com o Consórcio Nacional Antiferrugem, em que a Aprosoja é uma das participantes, na safra atual houve uma significativa antecipação da doença em quase todas as regiões produtoras brasileiras. Já as safras 2007/08 e 2008/09 que tiveram menor volume de chuvas, também foram aquelas com menor número de casos confirmados da ferrugem asiática no país.

Dados históricos e levantamentos de perdas feitos pelo Consórcio mostram ainda que epidemias de ferrugem asiática consideradas de moderadas à severas ocorreram de maneira generalizada na safra 2006/07, ano em que o fenômeno El Niño também foi considerado moderado.

Para o Consórcio, as condições atuais de temperatura do oceano pacífico, acima do normal na região de abrangência do fenômeno, são similares à safra 2006/07, sendo que a persistência do El Niño nos próximos meses, poderá significar riscos de epidemias.

O presidente da associação Glauber Silveira alerta ainda que a incidência da doença poderá aumentar se as chuvas continuarem bem distribuídas em janeiro. “Por isso não pode haver falhas no monitoramento e nem nas aplicações de fungicidas, que devem ser feitas no momento certo e nas quantidades indicadas por técnicos”. A Aprosoja também disponibilizou no site (

) o Sistema de Alerta Antiferrugem em que o produtor pode conferir a ocorrência da ferrugem em Mato Grosso.

Fonte: Ascom Aprosoja/MT

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