BASF promove debate sobre controle da sarna da macieira durante o 9º Senafrut
O Sistema Faeg/Senar e a Superintendência Federal de Agricultura de Goiás (SFA) deram início, nesta quarta-feira (23/06), a uma parceria que irá orientar pecuaristas de corte e leite sobre os riscos da Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida popularmente como "mal da vaca louca".
Durante a reunião mensal da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, na sede do Sistema Faeg/Senar, foi lançada a cartilha Como evitar a doença da vaca louca no Brasil e apresentados os cronogramas para ampliar as ações conjuntas de orientação. A imprensa será recebida nesta ocasião.
De acordo como o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, Antônio da Silva Pinto, as duas entidades já vêm promovendo ações individuais de orientação aos produtores. "A parceria quer atingir um maior número de pecuaristas e esclarecer aos produtores rurais quais os riscos da doença no Brasil, o que deve e o que não deve ser adotado no manejo dos animais, sobretudo na alimentação", explica Antônio. Mudanças na legislação sanitária estão impulsionando essa parceria.
Com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 41, foi instituído novos procedimentos sanitários para mitigar o risco de introdução da doença no país. A mudança na legislação veio em um momento no qual o Brasil caiu no ranking da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), quanto ao risco de contaminação do mal da vaca louca no rebanho brasileiro. Antes o País se encontrava no status de Risco Insignificante/Desprezível, hoje o Brasil está no Risco Controlado. Na mesma classificação encontram-se países que tiveram problemas com a disseminação da doença em seu território, como Estados Unidos e Canadá.
Sintomas da doença
Os sintomas da Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou mal da vaca louca, são desordens comportamentais causadas por alterações do estado mental (apreensão, nervosismo, agressividade), falta de coordenação dos membros durante a marcha e incapacidade de se levantar. O animal afetado deixava de se alimentar e rapidamente perdia condição corporal.
Em duas a três semanas é necessário que o animal seja sacrificado, pois não responde a nenhum tratamento. No início da epidemia, a doença incidia apenas sobre animais adultos, a maior parte entre vacas entre 4 a 5 anos de idade, mas também ocorria em machos. Rebanhos bovinos leiteiros eram mais afetados que os rebanhos de corte. Todas as raças de bovinos eram afetadas.
Linha do Tempo da vaca louca no mundo
1986 – Confirmados os primeiros casos confirmados de Encefalopatia Espongiforme Bovina.
1987 – 420 casos foram confirmados em fazendas por toda a Inglaterra. Provas começaram a sugerir que o concentrado alimentar era o responsável pela transmissão da doença.
1989 – Casos confirmados é superior a 7 mil.
1990 – Aumento para 14 mil casos confirmados.
1991 – Primeira notificação de transmissão da doença da mãe para o bezerro, o que sugeria a infecciosidade está no sangue.
1993 – Dois fazendeiros com rebanhos afetados com o mal da vaca louca morreram de Encefalopatia Enpongiforme Transmissível.
1994 – Mais de 137 mil animais morreram da doença na Grã-Bretanha. Em junho do mesmo ano, mais de 51% das fazendas produtoras de laticínios da Grã Bretanha esta afetada pela doença.
1995 – Um inglês de 19 anos foi a primeira vítima da doença de Creutzfekdt-Jakob, cuja origem foi atribuída à ingestão de carne contaminada.
1996 – Parte do rebanho da Grã-Bretanha foi afetado, o que gerou embargo à carne britânica pelos países da União Europeia. Outros casos da doença foram identificados na Irlanda, França, Portugal, Suíça, Alemanha, Canadá, Dinamarca, Ilhas Malvinas, Itália, entre outros países.
1999 – Cientistas confirmam o vínculo entre a doença da vaca louca e a síndrome de Creutzfeldt-Jacob, que afeta seres humanos. A variante humana da doença matou 48 britânicos que haviam consumidor carne bovina contaminada a partir de 1996. Cerca de 200 mil bovinos morreram.
2000 – Com a contaminação e morte de animais e seres humanos na Franca e com os primeiros casos na Alemanha e Espanha, que o pânico obrigou a União Europeia a proibir o uso de farelo animal na alimentação de ruminantes.
2001 – Proibição de do consumo humano das partes suscetíveis de transmitir a doença (miolos, carnes com osso, tripas e rabada). Promulgação da IN 15, no Brasil, que proíbe o uso de alimentação dos ruminantes com proteína animal.
2004 – Promulgação da IN nº 8, que exige especificação nos rótulos dos produtos, quando estes possuem proteína animal.
2009 – Promulgação da IN 41, no Brasil, que obriga os produtores a abaterem todos os bovinos que tiveram acesso ao resíduo, no caso de comprovação de uso de proteína animal na alimentação. Identificados 56 casos dos quais 10 foram registrados na França e 18 na Espanha.
Fonte: Departamento e Comunicação Integrada do Sistema Faeg/Senar - (62) 9255-3738 /
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