Restam menos de 250 hectares de algodão a serem colhidos em Goiás
A colheita de algodão em Goiás chegou a 99% na última sexta-feira, dia 10; a última semana manteve lentidão nesta fase conclusiva
Antes de iniciarmos uma longa viagem na estrada sempre é recomendável checar os componentes elétricos e mecânicos dos veículos, por isso uma boa revisão preventiva vai proporcionar maior segurança ao longo do trajeto. Com os pivôs de irrigação a premissa e a recomendação são a mesma, porém, muitos produtores não têm os mesmos cuidados que possuem com seus carros, e fazem apenas a manutenção corretiva, ou seja, depois que um problema ocorreu causando a parada do equipamento. Neste momento cada minuto que se passa é dinheiro perdido podendo comprometer todo o planejamento da safra.
Para evitar esse risco desnecessário, a recomendação é fazer a manutenção dos equipamentos antes da safra começar. De acordo com Claudemir Queiroz de Camargo, supervisor de assistência técnica da Lindsay, o ideal é planejar essa revisão antes do plantio. “A orientação é que o irrigante siga sempre as recomendações do fabricante de seu equipamento. Nós, por exemplo, temos um manual com as revisões necessárias semestrais, assim garantimos o perfeito funcionamento da tecnologia Zimmatic by Lindsay”, destaca o especialista.
Pelo fato de o pivô ser um equipamento que anda em terrenos irregulares, alguns cuidados e checagens básicas são fundamentais. Uma delas diz respeito às estruturas metálicas, com checagem principalmente dos parafusos, realizando os reapertos necessários e conferindo se o alinhamento está correto. Outro cuidado é em relação às mangueiras, tubulações e aspersores e principalmente atenção aos componentes elétricos. Como a energia instável é um problema sério em diversas regiões do Brasil, pode haver casos de sobrecarga, isso pode danificar componentes do pivô ou comprometer seu funcionamento.
Ainda segundo Camargo, também é imprescindível se atentar às trocas de óleo dos redutores e motorredutores, bem como a lubrificação. “A recomendação é que as revisões dos equipamentos sejam feitas a cada seis meses. Falando exclusivamente da troca de óleo, o ideal é a substituição a cada quatro mil horas ou até dois anos”, reforça o especialista.
Como ainda muitos produtores esquecem de planejar a manutenção se seus pivôs, quando há falhas repentinas começa a corrida contra o tempo. “Na irrigação o reparo de forma rápida é essencial, deu problema, o produtor deseja que seja resolvido rapidamente, inclusive tem revenda que trabalha dia e noite, com plantão, pois em primeiro lugar é o cliente, mas às vezes, devido à dificuldade de acesso até a propriedade ou a necessidade de substituição de peças, o trabalho pode demorar dias, por isso é fundamental se antecipar a esses problemas, diz Camargo.
Umas dessas revendas que se desdobra para atender as necessidades do produtor é a Águia Representações Comerciais, de Sorriso, em Mato Grosso, que atua em todo o Estado. Segundo Rodrigo Borges, diretor de irrigação da revenda, como o pivô muitas vezes não é um equipamento utilizado o ano inteiro, sendo mais acionado nos períodos de seca, o irrigante acaba deixando os cuidados com ele de lado, e só vai voltar a religá-lo no momento que precisa voltar a irrigar. “Geralmente consertar sai mais caro que revisar, por isso aconselhamos sempre o cliente a fazer a manutenção preventiva para evitar imprevistos durante a safra, quando geralmente o problema vai acontecer, gerando muitos transtornos”, diz.
Ainda segundo ele, esses transtornos acontecem tanto para o produtor quanto para a revenda, pois tudo que não é programado, gera correria. “O cliente nunca deixa de fazer a revisão da colheitadeira antes de colher e nem da plantadeira antes de plantar, mas por vezes deixa de fazer do pivô, porém observamos que quem é irrigante há muito tempo, geralmente segue melhor as recomendações de manutenção, isso porque muitos deles aprenderam do pior modo o que precisa ser feito e se conscientizam”, ressalta Borges.
É importante destacar que seguir as recomendações e fazer os agendamentos das revisões é responsabilidade do irrigante, bem como acontece com as concessionárias de veículos. “As revendas não conseguem ter o controle operacional de cada fazenda, pois não temos acesso as informações de horas trabalhadas, safras plantadas e demais dados, portanto ficando impossível prever o momento exato de revisar. Por isso nossa recomendação é sempre que o produtor fique atento”, destaca o diretor de Irrigação da Águia.
Para os agricultores que possuem equipamentos de irrigação mais antigos e desejam melhorar sua performance, tornando-os mais eficientes e sustentáveis, além das habituais manutenções, a Lindsay oferece também a opção de retrofit. O procedimento consiste na modernização e atualização de equipamentos usados, seja para troca dos painéis de controle (passagem de painéis analógicos para digital) ou substituição de componentes. Uma alternativa rentável que pode gerar economia de até 70% em relação a compra de um novo pivô.
Com os painéis digitais os produtores podem ter acesso, por exemplo, às tecnologias do FieldNET by Lindsay que gerencia o pivô, liga e desliga e registra todas as operações e integra sensores, como o pluviômetro, que se encontra instalado. Ele pode ser ligado à internet por Ethernet, GSM (celular), ou ainda via rádio. Já o FieldNET Advisor faz o gerenciamento do armazenamento de água no solo e a recomendação de irrigação, o chamado manejo. “Ter a disposição a tecnologia mais avançada do mercado mesmo em um equipamento mais antigo com certeza é muito mais vantajoso, pois além de maior comodidade o produtor terá mais eficiência e sustentabilidade na utilização e gerenciamento dos recursos”, finaliza Camargo.
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