Com oferta elevada, preços do milho fecham setembro em queda
Os preços do milho encerraram o mês de setembro em queda na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea, exceto no Rio Grande do Sul e no Nordeste
A produção de soja vem batendo recorde safra após safra. No último ciclo 2017/18 foram contabilizados mais de 118 milhões de toneladas em todo o Brasil. O Rio Grande do Sul é conhecido como um dos mais importantes polos agrícolas do País e o plantio da oleaginosa é acompanhado de perto pelos pesquisadores do setor. Em Passo Fundo (RS), Carlos Alberto Forcelini e Carolina Deuner, ambos professores da Universidade de Passo Fundo, estiveram à frente do programa "De Primeira, Sem Dúvida", da Bayer, cujo objetivo é demonstrar aos produtores os benefícios da aplicação preventiva de fungicidas em talhões com manejos correto e atrasado.
No ensaio conduzido na Universidade de Passo Fundo, foram colhidas 71,20 sacas por hectare no momento correto da aplicação de fungicida e 66,10 sacas/ha no manejo atrasado. "Este é o terceiro ano que conduzimos esse projeto com o objetivo de mostrar ao produtor a importância da aplicação do fungicida no momento correto. Com diferença de apenas sete dias entre o momento correto e o atrasado, resultou no dano de 5,10 sacas/ha, ou 43kg de soja por dia", avalia a engenheira agrônoma Carolina Deuner.
Marizete Artuso, produtora de Pontão (RS), afirma que o agricultor hoje em dia não pode arriscar em suas decisões. "Produtor não pode fazer experiência, já tem que saber o que vai usar, tem que se informar". A ferrugem-asiática chegou trinta dias mais cedo do que na safra passada e a principal diferença foi a progressão da doença que ocorreu de forma mais lenta, possívelmente em função das temperaturas noturnas terem sido menores, comenta a professora Carolina Deuner. "Apesar da ferrugem-asiática ter ocorrido mais tarde, o produtor conseguiu ter um bom controle da doença por entrar no momento correto, por respeitar o intervalo entre as aplicações, por alternar grupos químicos e por utilizar fungicidas multissítios associados aos fungicidas sítios-específicos".
Em Itaara, quem comandou o projeto "De Primeira, Sem Dúvida" foi o pesquisador Dr. Ricardo Balardin, do Instituto Phytus. Ainda que a ferrugem tenha se manifestado tardiamente e as manchas tenham sido preocupantes na região, Balardin sinaliza uma perspectiva positiva: "Se o produtor começar a cuidar cedo, a colheita vai ser boa. Fizemos aplicações na fase vegetativa para a produtiva e quando vieram ferrugem e as manchas, estávamos seguros. Isso nos garantiu oito sacas a mais por hectare, no talhão em que fizemos o manejo correto".
Um dos principais diferenciais do "De Primeira, Sem Dúvida" é levar informação para que o produtor saiba utilizar as melhores ferramentas no momento correto. "Sabe-se que para a disseminação de uma doença na cultura da soja, existem vários fatores envolvidos, portanto, é difícil ser totalmente assertivo. Este projeto orienta o produtor afim de aproveitar seu investimento da melhor maneira. Para conseguirmos o manejo correto é fundamental considerar a importância de outras estratégias, como resistência genética, vazio sanitário e eliminação da soja guaxa/tiguera na entressafra, assim como tecnologia de aplicação que realmente permita uma boa distribuição dos fungicidas. Cada safra tem sua particularidade e desafio, por isso é importante o sojicultor estar bem preparado", explica Marcos Dallagnese, gerente de Fungicidas da Bayer.
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