Manejo adequado de solo contribui para reduzir em até 40% a incidência de doenças em grãos

A presença de nematoides e doenças como o mofo branco representa um dos principais decréscimos de produtividade de soja e feijão em regiões do Cerrado, sobretudo em áreas de monocultura que provocam o desequilíbrio do solo. Os nematoides, por exemplo, são responsáveis pela perda anual de 5 a 10% da produção brasileira de soja, segundo levantamento da Embrapa.

Para auxiliar no manejo desses problemas, produtores como Geovani Guareschi, de Unaí (MG), têm utilizado soluções de origem natural que promovem o equilíbrio do solo e protegem os cultivos. “Produtos como o Nem-Out, da Alltech Crop Science, contribuem para melhorar o rendimento e a qualidade das plantas. No caso do mofo branco, com aplicação via pulverização e condições pluviométricas favoráveis, conseguimos melhorar em até 40% as condições do solo, se compararmos com as áreas sem tratamento”, analisa.

Como os resultados foram satisfatórios, em 2015 a intenção é expandir o uso para outras áreas. “Testei o Nem-Out primeiramente no milho e depois na soja e no feijão. O produto age na raiz e proporciona o equilíbrio biológico do solo, deixando a planta mais sadia. Por isso, este ano vamos estender a utilização nas lavouras”, afirma Guareschi. Para complementar o manejo do solo, o produtor também aposta em soluções como o Soil-Set e o Compost-Aid, que ativam a defesa natural das plantas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Fransérgio Batista (foto), gerente da Alltech Crop Science, o ideal é que a correção seja feita ainda nas culturas de inverno, como o feijão. “Iniciamos o tratamento com a linha de proteção antecipadamente, visando equilibrar o solo e assim contribuir para baixar a população de nematoides e fungos fitopatogênicos. Assim, quando a principal cultura for plantada, que é a soja, a interferência na produtividade será menor”, observa.

Segundo Batista, como as infestações são sinais de desequilíbrio do solo, soluções como o Soil-Set, Nem-Out e Compost-Aid auxiliam nos mecanismos de resistência natural e atuam na matéria orgânica, promovendo a diversidade benéfica e o equilíbrio do meio. “Essas ferramentas de manejo são extremamente importantes porque não apresentam problemas para o meio ambiente e demonstram eficiência para atingir os objetivos desejados”.