Preços do algodão voltam a ceder
Alimento barato, a mandioca evoluiu do antigo fogão à lenha, um século atrás, para a unanimidade nacional dos restaurantes de classe média. Paladares requintados buscam encontrá-la, agora, em casas mais sofisticadas. Sem essa de “disfarça e compra” por causa da sua origem humilde. Na verdade, a esta altura quem está sofisticada é a própria, depois de turbinada pela pesquisa.
O produtor que visitar a área do Iapar pode ver novamente as cultivares de mandioca IPR Upira, destinada ao consumo de mesa, e IPR União, com alto teor de amido e dirigida ao setor industrial. Esses materiais já foram apresentados no ano passado, com grande repercussão.
IPR Upira se destaca pelas características nutritivas. Segundo o pesquisador Mário Takahashi, suas raízes têm alto teor de carotenoides, substância que é precursora da vitamina A, a mesma existente na cenoura e responsável por sua cor alaranjada. Outro ponto positivo é o cozimento rápido, em cerca de 20 minutos – dez a menos do que a média dos materiais disponíveis no mercado. No campo, a vantagem é o ciclo tardio – a colheita se dá cerca de um ano após o plantio, o que possibilita obter melhor preço, pois, nessa época, a maior parte dos produtores já colheu e vendeu a produção.
Já a IPR União produz em torno de 20% a mais de amido que a média das outras variedades, o que pode significar ganho de até 30% na hora da comercialização para a indústria, segundo Takahashi.
O pesquisador explica que também se trata de uma cultivar considerada tardia, porque o ideal é que seja colhida entre 15 e 24 meses após o plantio. A produtividade no campo é similar à dos materiais disponíveis no mercado, mas, em virtude do elevado teor de amido, o rendimento industrial é maior.
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