Importância do manejo das pastagens para alavancar a produção de arrobas por hectare é abordado em congresso
13 cultivares de algodão herbáceo desenvolvidas pela Embrapa estão sendo indicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA para a safra 2011-2012, no Piauí, conforme a Portaria 334/2011, publicada no Diário Oficial da União deste mês. A portaria traz a relação dos municípios do estado e tabelas com os períodos de semeadura.
As cultivares de fibra branca indicadas, todas com produtividade média no Piauí de 4,2 toneladas de caroço por hectare e 1,6 tonelada de pluma por hectare, são BRS 286, BRS 293, BRS 335, BRS 336, BRS 201, BRS Acácia, BRS Araçá, BRS Cedro e BRS Sucupira.
Estão indicadas também as cultivares de fibra coloria BRS Rubi, BRS Safira, BRS Topázio e BRS Verde. Elas apresentam produtividades de algodão em caroço inferiores às cultivares de fibra branca. A média delas chega a 2,4 toneladas de algodão em caroço por hectare e 900 quilos de pluma por hectare.
A Embrapa Meio-Norte teve participação no desenvolvimento da maioria das cultivares recomendadas. O trabalho da Unidade com algodão herbáceo é feito há mais de 20 anos, em pontos estratégicos do semiárido piauiense. O pesquisador José Lopes Ribeiro é quem vem conduzindo os estudos.
Embora o MAPA recomende as cultivares para todo o Piauí, José Lopes Ribeiro lembra que o algodão herbáceo só vem sendo plantado nos 28 municípios que formam os cerrados do estado. Na região, segundo ele, a semeadura é feita todo ano nos meses de novembro e dezembro.
Na nota técnica publicada em anexo à Portaria 334/2011, o Ministério da Agricultura cita que, no Brasil, segundo dados do levantamento da Conab, de agosto deste ano, a cultura do algodão ocupou, na safra 2010/2011, uma área de 1,4 milhão de hectares. A produção foi de 5,17 milhões de toneladas de algodão em caroço. No Piauí, a área plantada foi de 17,8 mil hectares, com uma produção de 65,9 mil toneladas.
A mesma nota técnica cita também que temperaturas entre 18 e 30 graus, com mínimas superiores a 14 graus e máximas inferiores a 35 graus, “proporcionam boas condições para a germinação”. A nota cita ainda: “Para o crescimento inicial, as temperaturas ideais são sempre superiores a 20 graus, sendo ideais temperaturas em torno de 30 graus. Para os estádios – fase de desenvolvimento – fenológicos do florescimento e formação dos capulhos, as temperaturas do ar adequadas situam-se entre 25 e 30 graus”.
Os técnicos ressaltam que, temperaturas elevadas, acima de 38 graus, por exemplo, prejudicam o cultivo do algodão herbáceo, reduzindo, assim, a produtividade. Segundo eles, dependendo do clima e da duração do ciclo, o algodoeiro precisa de 700 mm a 1300 mm de precipitação pluvial para o bom desenvolvimento da planta, já que de 50 a 60 por cento das necessidades hídricas delas, ocorrerem no período de floração e formação do capulho, que é a pluma.
Arquivo Grupo Cultivar
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