Setor de fruticultura cresce 4,5% ao ano e se destaca na geração de empregos
Às 10h desta quarta-feira (17/12), 20 representantes do setor cooperativista do Brasil, liderados pelo presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas, e parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária, reuniram-se com o presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles.
Os principais pontos tratados, durante a reunião realizada na sede da instituição financeira, foram:
1 — Liberação do excesso de garantias existentes nos contratos de financiamento de longo prazo (Pesa, Securitização, Alongamento Funcafé, etc.);
2 — Liberação de maior volume de recursos para capital de giro das cooperativas e aumento da liquidez do sistema;
3 — Prorrogação dos financiamentos de todos os custeios agropecuários por um ano, tendo em vista que muitos bancos não estão renovando essas linhas;
4 — Revisão dos preços mínimos agropecuários e maior aplicação dos instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos (Opções, Pepro, Prop, PEP, etc.);
5 — Programa de capitalização para as cooperativas agropecuárias;
6 — Aumento dos recursos financiados pelo BNDES para a agropecuária; e
7 — Permissão para as cooperativas agropecuárias compensarem seus créditos tributários – atualmente avaliados em cerca de R$ 4 bilhões – em tributos federais ou outros tributos.
Meirelles afirmou que o sistema cooperativista brasileiro é prioridade do Banco Central e informou que a crise financeira mundial está sendo superada devido ao intenso socorro prestado pelos principais governos do mundo – Europa, Ásia e América do Norte –, contudo, agora começa a crise na economia real em função da falta de crédito.
Ainda conforme o presidente do BC, no Brasil, o problema é menor devido ao fato de o governo ter estruturado a economia em bases sólidas nos últimos anos, robustecendo seu sistema financeiro e se preparado em termos de reservas cambiais com mais de US$ 200 bilhões.
Várias ações vêm sendo feitas pelo Banco Central para melhorar a economia, como a redução do compulsório e o financiamento de linhas de ACC, mas Meirelles reconheceu que outras ações precisam ser feitas. Nesse sentido, ele anotou as demandas apresentadas pelo setor cooperativista na reunião, as quais, segundo ele, serão objeto de análise e avaliação por parte do governo.
Representando o setor cafeeiro, estiveram presentes as lideranças cooperativistas Gilson Ximenes, presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), José Fichina, vice-presidente da Cooparaíso, Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, e Maurício Miarelli, diretor presidente da Cocapec. Também marcaram presença os deputados federais Carlos Melles, presidente da Frente Parlamentar do Café, Mário Heringer, Luis Carlos Heinze, Odacir Zonta, Virgílio Guimarães, entre outros ligados ao cooperativismo agropecuário.
"Saí bastante otimista do encontro, pois vi que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, demonstrou sensibilidade e compreensão em relação à necessidade de apoiar o sistema cooperativista agropecuário e, especialmente, a cafeicultura nacional. Ainda na tarde de hoje, às 15h, temos reunião agendada com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para darmos seqüência às negociações referentes ao sistema cooperativista do Brasil", destacou Gilson Ximenes do CNCafé.
Fonte: P1 Agência de Notícias – (61) 2109-1637 / 8114-6632
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