Lavoura e pecuária: eficiência e rentabilidade em debate

09.06.2010 | 20:59 (UTC -3)

Estratégias para a maior rentabilidade da propriedade rural foi o assunto que norteou o VII Seminário de Pecuária de Corte e 1º Seminário de Integração lavoura – Pecuária, realizado terça-feira (08/06) na Associação e Sindicato Rural de Bagé/RS.

Pecuaristas e agricultores assistiram aos depoimentos de técnicos das duas áreas sobre como tornar mais eficiente o trabalho no campo.

Pela manhã o médico veterinário Diego Brasil, gerente de fomento do Grupo Marfrig, falou sobre o tipo de boi que a indústria precisa receber para atender melhor o mercado consumidor. Comentou sobre as políticas da empresa para a melhor remuneração de determinado tipo de gado e suas estratégias de colocação no mercado. Brasil trouxe também alguns dados de abate dos primeiros meses de atuação do frigorífico no Estado, onde as raças Angus e Hereford ficaram com uma fatia muito menor do abate que a empresa imaginava: Cerca de 12% a primeira, e 13% a segunda, enquanto mais de 70% do gado abatido não estavam enquadrados em raças definidas. “Nós esperávamos ter 50% do gado abatido dentro das raças definidas”, revelou o gerente.

Dando sequência aos trabalhos da manhã, o engenheiro agrônomo e diretor técnico do IRGA Valmir Menezes falou sobre estratégias para o plantio de arroz na região. E como o evento tratou da integração da lavoura com a pecuária, Menezes afirmou que um bom Projeto 10, implantado na época certa, pode contribuir para o desenvolvimento da pecuária.

O agrônomo destacou pontos-chave para o sucesso da produção, como o preparo antecipado de solo, o uso de tecnologias, a capacitação da mão de obra nas propriedades, entre outros.

No início da tarde Claudia Langer, engenheira agrônoma e pesquisadora do IRGA, falou sobre o uso da soja nas áreas de pousio de arroz, e o quanto essa estratégia bem planejada pode ser lucrativo para a propriedade.

Os zootecnistas Eduardo Condorelli, Consultor do Senar, e Davi Teixeira, Consultor do Sebrae, falaram sobre a gestão agropecuária e desenvolvimento empresarial, e a viabilidade econômica de uma propriedade de pecuária sob campo nativo.

“O produtor precisa ter foco empresarial para desenvolver da melhor maneira a sua atividade”, diz Condorelli. Ele destacou que é preciso conhecer as atividades que se pretende desenvolver, e buscar formas alternativas que permitam maior rentabilidade. Pensamento compartilhado por Teixeira, que diz que cada produtor tem que escolher o que melhor lhe convém fazer na sua propriedade , e fazer da melhor maneira de forma que o trabalho torne-se mais rentável.

Na última palestra do dia o engenheiro agrônomo Gerson Herter falou sobre agricultura e pecuária, como aliadas ou concorrentes.

Na continuidade acontece um painel com os palestrantes, e logo um jantar com show do humorista Mulita.

Fabiana Gonçalves

Associação Rural de Bagé

53 3242.5178 |

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