LANXESS discute futuro da borracha sintética

16.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

A LANXESS AG, fornecedora de borracha de alta performance, comemorou a invenção da borracha sintética pelo químico Fritz Hofmann, há 100 anos, realizando um seminário científico com palestrantes ilustres em Colônia.

Mais de 400 convidados de 18 nações participaram do evento, realizado no Gürzenich Banqueting Hall, e aprenderam mais sobre as mais recentes inovações, as possibilidades futuras e o potencial de mercado deste material versátil.

O futuro da borracha sintética está apenas começando

“A borracha sintética merece esta atenção e este fórum”, disse Axel C. Heitmann, Chairman do Conselho de Administração da LANXESS AG, em seu discurso de boas-vindas. Ninguém poderia ter previsto, ele continuou, que o produto ainda teria sucesso 100 anos mais tarde. “Baseamo-nos na versatilidade e nas excelentes propriedades químicas deste material, porque sabemos que o futuro da borracha sintética está apenas começando”. Este material sintético, disse Heitmann, abriu as portas para inúmeras invenções nas últimas décadas – em engenharia automotiva, geração de energia, medicina, esportes e até mesmo na indústria aeroespacial. “Você pode não ver, mas ela está mais presente do que você imagina!” Sem dúvida, ele acrescentou, a borracha sintética é o produto mais importante da LANXESS hoje.

Durante o seminário de um dia, 14 palestrantes distintos do mundo dos negócios, política e ciências, discutiram como os sucessos do passado podem ser transferidos para o futuro, qual a importância da borracha hoje como precursora de outras aplicações industriais, e que potencial de desenvolvimento e produção pode ser aproveitado no futuro.

Aprendendo com o passado

“Em North Rhine-Westphalia, nos orgulhamos desta patente e de termos uma empresa como a LANXESS”, disse Andreas Pinkwart, Ministro da Inovação, Ciências, Pesquisa e Tecnologia do Estado de North Rhine-Westphalia. A base para a borracha sintética foi fomentada em 1909, por um químico chamado Fritz Hofmann, quando ele descobriu o material elástico metil-isopreno. No dia 12 de setembro do mesmo ano – há 100 anos – o Gabinete Imperial de Patentes concedeu ao empregador de Hofmann, a Elberfelder Farbenfabriken, uma patente com o número 250690 para o ‘processo de fabricação de borracha sintética’. “A borracha é tão importante para o futuro, porque empresas como a sua conseguiram modernizá-la continuamente”, disse o Ministro, falando diretamente para o CEO da LANXESS. “Vocês reconheceram que a inovação estimula o futuro, e vocês chegaram até mesmo a aumentar o orçamento de pesquisa em 10%, em um ano considerado muito difícil. Certamente, esta é uma decisão corajosa”. Para garantir seu futuro, ele disse, a Alemanha precisa de mentes perspicazes. “E a educação converte dinheiro em conhecimento”. Na época, o império fez grandes investimentos em faculdades e universidades. “Se a Alemanha quiser continuar a ser uma campeã mundial em exportações – ou pelo menos vice-campeã – não podemos permitir que nossas escolas sejam apenas satisfatórias. Devemos ser os melhores em educação novamente, e isto significa investir”.

Jochen Homann, Secretário Administrativo do Estado no Ministério Federal de Economia e Tecnologia, estimulou a LANXESS a ampliar ainda mais suas atividades de pesquisa e desenvolvimento, a fim de fortalecer a Alemanha como um centro para a indústria. Provavelmente, não há outro país, disse ele, onde a prosperidade da sociedade é tão dependente da indústria quanto à Alemanha.

A indústria química encontra a solução para desafios sociais

Ulrich Lehner, Presidente da Associação Alemã da Indústria Química (VCI), acredita em um enorme potencial de desenvolvimento para a borracha sintética e suas aplicações. “Borracha sintética é um excelente exemplo de como a química pode ajudar a mudar a vida das pessoas”, Lehner enfatizou a importância da indústria química na Alemanha e continuou dizendo que “com seus muitos produtos inovadores, ela encontra a solução de problemas para os desafios sociais, e continuará a fazê-lo no futuro”. Ele referiu-se a áreas como proteção climática, saúde e nutrição em uma sociedade que está envelhecendo, a disponibilidade de recursos e mobilidade em geral. “Por isso, podemos nos considerar afortunados por sermos o lar de uma indústria química tão sólida. É um dos setores mais inovadores que temos na Alemanha”.

A borracha sintética é boa para o meio ambiente e aumenta o conforto

Reduzir o consumo de combustível e alcançar o máximo em confiabilidade em um veículo foram os mais importantes desafios para indústria automotiva do futuro, disse Georg Weiberg, membro do Conselho de Administração da Daimler Trucks AG. O objetivo da Daimler é cortar o consumo de combustível em 20% até 2020, através de aperfeiçoamentos tecnológicos. Reduzir o peso dos veículos, melhorar a resistência de rolagem dos pneus e desenvolver calotas especiais para rodas também têm um papel importante, disse ele. E mais, a borracha sintética assume um papel chave na redução do barulho e no amortecimento de vibrações, ajudando não só ao meio ambienta, mas também aprimorando o conforto para dirigir.

Empresas devem começar a sonhar

“Devemos olhar para o futuro e começar a sonhar, se quisermos estar preparados para o futuro”, disse Didier Miraton, Sócio Diretor do Grupo Michelin. As visões, continuou ele, tiveram uma grande importância para o fabricante de pneus Michelin. Uma empresa só sabe o quê tem que desenvolver no futuro, se também tiver conhecimento das necessidades e dos desejos dos clientes de amanhã. “Nós reconhecemos que os pneus que economizam combustível seriam importantes para mobilidade no futuro, e por isso temos trabalhado nisto há 15 anos”. É essencial, ele acrescentou, continuarmos a nos desenvolver, pois a mobilidade e as necessidades das pessoas estão em constante transformação. “Por esta razão, não há limites para o progresso”, disse ele, tendo a Michelin em mente.

Potencial

Na rodada de discussão, Horst Wildemann, Professor da Universidade Técnica de Munique, sugeriu que equipes de desenvolvimento devem ser corajosas o suficiente para explorar novos caminhos após 100 anos com este material flexível. “Nós ainda temos um potencial de crescimento de 5% a 9% na Europa, para a borracha sintética”, disse ele. Fritz Katzensteiner, Diretor Administrativo da WDK – a Associação da Indústria de Borracha Alemã – disse que ainda existe uma ampla gama de possibilidades para expansão, principalmente na indústria automotiva, mas também em tecnologia médica e nos esportes. “O potencial da Alemanha ainda é enorme”, disse ele, acrescentando que os principais desafios foram o desenvolvimento de substitutos novos e mais ecológicos para a produção de borracha, a eliminação de barreiras internacionais de comércio e a mudança de mobilidade do homem.

Fonte: COMMUNICA BRASIL - (11) 3868-0300

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