La Niña deve chegar ao Rio Grande do Sul no fim do inverno e início da primavera

A previsão trimestral indica chuvas ainda acima da média em julho e agosto no norte e parte do centro-leste do Estado

02.07.2024 | 14:09 (UTC -3)
Secretaria de Agricultura

A tendência atual de esfriamento no Oceano Pacífico deve evoluir para um fenômeno La Niña nos próximos meses, especialmente a partir da segunda metade do inverno e decorrer da primavera. É o que prevê o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Figura 1: revisões do modelo climático estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia para o trimestre - Julho a Setembro
Figura 1: revisões do modelo climático estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia para o trimestre - Julho a Setembro

A previsão trimestral indica chuvas ainda acima da média em julho e agosto no norte e parte do centro-leste do Estado, especialmente na faixa nordeste, área mais provável para a ocorrência de chuvas volumosas. Demais áreas do sul e oeste com chuva irregular, próximas da média, com probabilidade de ficar ligeiramente abaixo da média entre o sul e oeste, especialmente em agosto.

Para setembro, as chuvas ficam próximas da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, podendo ficar ligeiramente abaixo no sul do Estado. Pontualmente, devido à passagem de sistemas frontais, ainda há risco de chuva forte localizada.

No trimestre, as entradas de massas de ar de origem polar devem ser frequentes, intercaladas com períodos de aquecimento. Portanto, ondas de calor alternadas com ondas de frio são prováveis. Em média, as anomalias de temperatura devem ficar ligeiramente abaixo do normal no sul e oeste, enquanto as anomalias ligeiramente acima da média devem se concentrar mais no extremo norte-nordeste do estado.

Há chance maior de geadas no Estado em todo o trimestre, tanto em julho e agosto, quanto em setembro, com a possibilidade de ocorrência de geada tardia.

Figura 2: anomalia Mensal de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para a 1ª quinzena de junho /2024; áreas sombreadas em verde indicam anomalias negativas, enquanto áreas em amarelo indicam anomalias positivas; fonte: Inmet/NCEP-NCAR
Figura 2: anomalia Mensal de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para a 1ª quinzena de junho /2024; áreas sombreadas em verde indicam anomalias negativas, enquanto áreas em amarelo indicam anomalias positivas; fonte: Inmet/NCEP-NCAR

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