IqPR encerra mês de Maio com alta de 3,38%

04.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Índice quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de Maio com alta de 3,38%, segundo pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O índice dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) fechou com variação positiva de 4,77%, enquanto que o índice dos produtos de origem animal (IqPR-A) terminou o mês com variação negativa de 0,05%.

Para o acumulado dos últimos 12 meses, os resultados dos índices mostram variações positivas para o IqPR em 4,34%, e para o IqPR-V em 6,94%, já o IqPR-A, a variação acumulada ficou negativa em 2,52%. Os produtos que registraram altas no mês de Maio, em comparação com o mês anterior, foram: feijão (18,74%), cana de açúcar (7,12%), leite tipo C (6,85%), milho (6,42%) e soja (6,17%).

Em relação ao feijão, a estiagem na região Sul do Brasil provocou redução na safra anunciada e os preços começam a reagir com maior intensidade. Entretanto, alertam os pesquisadores, é preciso lembrar que os preços partem de patamar muito baixo, inferiores mesmo ao custo médio de produção, tanto assim que ainda estão menores que os verificados no mesmo período de 2008. Logo, tem-se ainda um processo de recuperação da rentabilidade dessa lavoura.

Os preços da cana-de-açúcar apresentaram ganhos em função do aumento dos preços internacionais do açúcar e, conseqüente incremento das exportações de açúcar, fato proporcionado pela quebra de safra em grandes produtores mundiais.

As altas nas cotações dos leites, principalmente o tipo C, são em virtude da diminuição da oferta do produto, já que as pastagens estão com baixa qualidade pela falta de chuva em algumas regiões (Centro-Sul) e pelo excesso em outras (Norte-Nordeste). Entretanto este aumento não justifica os altíssimos preços praticados no varejo, esta majoração é observada para o leite UHT (longa vida), já o leite pasteurizado e o leite em pó não apresentaram um aumento tão expressivo.

Em relação ao milho, houve recuo da situação vivida em 2008 quando as exportações brasileiras do produto foram relevantes. A queda dos preços internacionais vem sendo compensada pela retomada do consumo interno, pressionado pela quebra da safra de verão.

Quanto à soja, produto que se destaca como uma importante commoditie para o Brasil, os preços internacionais e a desvalorização cambial explicam o movimento ascendente dos preços internos que já estão superiores aos verificados em igual período de 2008.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas no mês de Maio foram: tomate (29,39%), carne suína (12,86%), amendoim (8,34%), ovos (4,77%) e arroz (2,88%). Para o tomate, a maior oferta do produto no mercado fez com que sua cotação recuasse.

Com relação à carne suína, a queda das cotações está associada à redução do consumo. No caso dos ovos, a queda dos preços se dá em função da redução do consumo no período posterior a quaresma, quando sua cotação estava em alta devido à demanda aquecida, porém a tendência para as próximas semanas é de elevação dos preços.

Na comparação dos preços de Maio de 2009 com o mesmo período do ano anterior, somente 3 produtos tiveram variações positivas e 14 variações negativas. As altas registradas no período de 12 meses foram: cana de açúcar (17,34%), soja (8,95%) e café (0,69%). Já as maiores quedas (variações negativas) foram verificadas nas cotações do amendoim (53,04%), tomate (44,08%), feijão (42,04%), trigo (33,57%), carne suína (28,35%), banana (25,57%) e milho (21,88%).

O algodão não apresentou variação nos últimos 12 meses devido à escassez do produto naquela época do ano.

Euzi Dognani/Adriana Rota/ Nara Guimarães

Assessoria de Comunicação da Secretaria

(11) 5067-0069 /

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