Intercâmbio de experiências em moscas-das-frutas marca cooperação Brasil-Tailândia

​Uma comitiva de pesquisadores brasileiros está na Tailândia ministrando um treinamento sobre o sistema de monitoramento de moscas-das-frutas

03.02.2017 | 21:59 (UTC -3)
Regina Sugayama

Uma comitiva de pesquisadores brasileiros está na Tailândia ministrando um treinamento sobre o sistema de monitoramento de moscas-das-frutas, que são organismos de importância econômica e quarentenária para os dois países. Faz parte do programa a realização de palestras e cursos que tratam de moscas-das-frutas e também da integração de tecnologias para seu manejo. Ao todo, serão realizadas cerca de 20 palestras com os especialistas brasileiros.

Entre os membros da comitiva de pesquisadores estão o presidente da Moscamed, Dr. Jair Virgínio; a gerente de projetos, Dra. Maylen Gomez, o técnico de pesquisa e campo, o engenheiro agrônomo Fabricio Almeida; e a pesquisadora Dra. Regina Sugayama, diretora da Oxya Agro e Biociências.

“Este treinamento é uma construção da Moscamed com o Departamento de Agricultura e Extensão da Tailândia e a Agência Brasileira de Cooperação. Formatamos um treinamento próximo do Curso Internacional de Moscas-das-Frutas de Importância Quarentenária e Econômica realizado anualmente pela Moscamed no Brasil, ajustando para a realidade da Tailândia que combate as espécies de moscas-das-frutas: Bactrocera dorsalis e Bactrocera curcubitae”, conta o presidente da Moscamed, Dr. Jair Virginio.

A parceria entre Brasil e Tailândia deve ir além da realização do curso. Com o apoio da Moscamed, os dois países construirão um plano de monitoramento e controle de moscas-das-frutas. “A ideia nasceu quando especialistas tailandeses visitaram a Moscamed, em 2012, e conheceram nosso programa de monitoramento e controle de moscas-das-frutas”, relata o presidente da entidade.

O curso é entendido também como uma oportunidade para aprendizado para os especialistas brasileiros. "Existem na Tailândia uma série de moscas-das-frutas e outras pragas quarentenárias para o Brasil. Conhecer no campo as pragas que a gente só conhecia pela bibliografia reforça o conceito de que é sempre melhor adotar medidas de prevenção do que arcar com as consequências de uma introdução de uma praga quarentenária", comenta a Dra. Regina Sugayama, que há mais de 20 anos trabalha com este grupo de pragas. "Temos sido testemunhas de uma verdadeira invasão de pragas no Brasil nos últimos anos, o que tem provocado perdas bilionárias para nossa agricultura", complementa Regina.

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