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As tecnologias de produção e os principais desafios para o desenvolvimento da cafeicultura no Espírito Santo foram discutidos nos dias 30 e 31 de agosto, durante o 2º Seminário para Sustentabilidade da Cafeicultura, no Teatro Municipal de Alegre, Espírito Santo. O evento é uma realização do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Prefeitura Municipal.
Para esta edição, profissionais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foram convidados a apresentarem pesquisas e atividades para ampliar o debate acerca dos fatores relevantes para a sustentação tecnológica e econômica da atividade cafeeira no Espírito Santo, tanto para o café arábica, quanto para o conillon. A interação entre profissionais de diferentes instituições objetivou a identificação de problemas e o estabelecimento de parcerias para geração de alternativas tecnológicas.
Dentre os palestrantes da UFLA, o professor do Departamento de Biologia, José Donizeti Alves, enfatizou a importância da água na produção de café; o professor do Departamento de Engenharia (DEG), Fábio Moreira da Silva, apresentou as tecnologias de mecanização da colheita em regiões de montanhas e, o professor Flávio Meira Borém, também do DEG, destacou os aspectos relacionados à pós-colheita e qualidade do café. O professor Ricardo Souza Sette, do Departamento de Administração e Economia, apresentou os pontos fundamentais para a sustentabilidade da atividade, que estão listados na obra recentemente lançada “Planejamento e Gestão da Propriedade Cafeeira”. O doutorando do Departamento de Agricultura (DAG) e pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Sérgio Parreiras Pereira, apresentou os programas de certificação em andamento no país e seus impactos no sistema produtivo.
Nas palavras do presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o Instituto tem investido muito na capacitação dos técnicos e agricultores capixabas, acreditando que a educação rural é o caminho para a solução dos principais entraves encontrados pelos produtores e para o desenvolvimento regional. “O Objetivo é sempre promover a melhoria da renda e da qualidade de vida no interior do Estado”, afirma.
Um dos desafios comuns entre as cafeiculturas mineira e capixaba está na dificuldade de mecanização das lavouras em regiões de montanha, sobretudo, para o processo de colheita. De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura e pesquisador do Incaper, Romário Gava Ferrão, um dos principais pontos de discussão este ano é a utilização de máquinas para colheita do café no Espírito Santo, tendo em vista que cerca de 90% do café do Estado é colhido manualmente e cerca de 50% do custo de produção está relacionado à colheita. Ressalta-se que ainda não existem técnicas de colheita mecanizada para o café Conilon, que representa 70% da produção do Estado.
A Embrapa Café, responsável pela gestão do Consórcio Pesquisa Café, também apoiou o evento. Na programação, o pesquisador da Unidade, Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca, palestrou sobre os aspectos relacionados à qualidade do café conillon no Espírito Santo. Na oportunidade, abordou o uso de boas práticas agrícolas com enfoque no Programa Café Seguro.
Área de Comunicação e Negócios - Embrapa Café
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