Workshop sobre produtividade de soja reúne 150 pessoas na Coodetec
As doenças de plantas podem ser manejadas por diversos métodos, como o genético, o cultural, o biológico e o físico. Entretanto, o mais utilizado é o químico, sendo a aplicação de fungicidas necessária na maioria das culturas, visando reduzir os danos causados pelas doenças. Assim, uma das grandes reivindicações dos agricultores é o registro de fungicidas para aquelas culturas com suporte fitossanitário insuficiente – as chamadas ‘minor crops’.
Irá nesse sentido a abordagem sobre Inovação em controle químico, um dos muitas temas a serem tratados no 44º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, que abre domingo, 14, estendendo-se até sexta-feira da próxima semana, 19, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Mais de 1,2 mil pessoas, entre pesquisadores, professores universitários, engenheiros agrônomos, técnicos e estudantes, estão inscritas para o encontro científico, que contará com 46 conferencistas – 31 brasileiros e 15 estrangeiros.
No contexto do debate sobre Inovação em controle químico, o fato é que os agricultores dispõem de fungicidas cada vez melhores, tanto sob o ponto de vista da eficiência como toxicológico e ambiental. Porém, as Boas Práticas Agrícolas, incluindo o uso correto e seguro dos fungicidas, são essenciais para que não ocorram problemas de intoxicações dos aplicadores, resíduos em alimentos e impactos ambientais. Os apontamentos são do coordenador da mesa-redonda que tratará do tema – que acontece na quinta-feira, 18, com início às 14h –, professor do Departamento de Fitopatologia e Nematologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), José Otávio Menten.
“Novos fungicidas, naturais ou biológicos, são fundamentais para que não surjam linhagens de fungos resistentes, que dificultem o manejo”, assinala Menten. Outra necessidade, no sentido da sustentabilidade da agricultura, é a regulamentação da mistura em tanque de fungicidas, para aprimorar o manejo químico, acrescenta o professor. Segundo ele, na mesa-redonda que coordenará, serão apresentados os mais recentes avanços na área, os quais contribuem “para que o Brasil se consolide como o maior produtor mundial de alimentos, fibras e agroenergia”.
Ferramentas para redução das perdas em pós-colheita de frutas e Monitoramento da resistência de fungos a fungicidas são alguns dos outros temas a serem abordados no Congresso, por cientistas das mais diversas nacionalidades, em mesas-redondas, das quais estão programadas 17. Palestras, mini-cursos, apresentações orais (96) e exposições de pôsteres (1.206 destes) também estão programadas. O evento contará, ainda, com feira tecnológica, mostra de aplicações computacionais para fitopatologia e visitas técnicas a pomares de maçã, em Vacaria, além do lançamento de livros.
O 44º Congresso Brasileiro de Fitopatologia é uma promoção da Sociedade Brasileira de Fitopatologia, com realização pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. (Epagri), Proterra Engenharia Agronômica, Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
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