Datagro eleva área e estimativa de produção de soja na safra 2020/21 do BR
Projeção aponta para uma área plantada de 38,79 milhões de ha e produção recorde de 134,98 milhões de toneladas
Ocorreu na última sexta-feira, 27 de novembro, o evento que marcou a entrega das metas propostas pelo Movimento Colmeia Viva no âmbito do Compromisso Público 2020 (2017-20). Colmeia Viva é uma iniciativa do setor de defensivos agrícolas com objetivo de promover uma relação mais construtiva entre agricultura e apicultura e incentivar o diálogo entre agricultores a apicultores. O movimento cobre toda a fronteira agrícola nacional.
“Missão cumprida”, celebrou o médico veterinário Daniel Espanholeto, coordenador do movimento. “Avançamos para proteger cultivos e abelhas, respeitando a apicultura, o meio ambiente e também o direito básico de alimentação das pessoas”, acrescentou a engenheira agrônoma Rhaissa Michievicy, igualmente à frente do movimento no ciclo 2017-2020.
Aberto pelo membro da diretoria do Sindiveg - Sindicato Nacional de Produtos para Defesa Vegetal -, Fabio Torretta, o encontro reuniu as 14 empresas signatárias do movimento. Conforme Torretta, a partir de 2021 o Colmeia Viva passa a ser uma causa abraçada pelas 26 empresas associadas ao Sindiveg.
Além de entidades representativas dos setores agrícola e apícola, como Sindag (aviação agrícola) e Andav (distribuição de insumos), falaram sobre realizações do Colmeia Viva a diretora de Qualidade Ambiental do Ibama, Carolina Fiorillo Mariani e Bruno Breitenbach, auditor coordenador da área de Fiscalização Agropecuária do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A diretora da entidade ABELHA, Ana Assad, tratou da importância da ciência atrelada ao estudo de polinizadores e da relação destes com as lavouras.
Outra participação de peso foi a do engenheiro agrônomo e fiscal agropecuário Matheus Mazon Fraga, da Cidasc – Companhia de Desenvolvimento Integrado de Santa Catarina. “O contato com o Colmeia Viva se mostrou fundamental para avançarmos na construção de uma política pública com ganhos técnicos na relação entre agricultores e apicultores. O movimento deve se manter cada vez mais próximo dos órgãos de defesa agropecuária”, disse Mazon Fraga.
Referência mundial
O professor Osmar Malaspina, da Unesp de Rio Claro-SP, que junto à sua colega Roberta Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos-SP (UFSCar), participou da iniciativa de pesquisa Mapeamento de Abelhas Participativo (MAP) destacou a relevância desta ação. O MAP trouxe à luz as principais causas de mortalidade de abelhas, observadas em cerca de 80 municípios paulistas, envolvendo quase 200 agricultores e apicultores.
“O conhecimento produzido pelo MAP não encontra precedente em lugar nenhum do mundo. Faço um apelo ao setor apícola para que seja menos restritivo à aproximação com agricultores. Aqueles que aderiram ao projeto estão hoje produzindo mais, ampliando benefícios dessa relação. Que possamos avançar mais nessa questão nos próximos anos”, frisou Malaspina.
Espanholeto e Rhaissa explicaram que o levantamento MAP forneceu a base estratégica de ação do Movimento Colmeia Viva: criar ferramentas de comunicação e tecnologia que permitissem aproximar o agricultor do apicultor, promovendo assim uma relação mais produtiva e amigável entre agricultura, apicultura e defensivos agrícolas nas regiões produtivas do País.
Ainda no evento, o Movimento Colmeia Viva anunciou o lançamento da publicação editorial Inovação da Indústria de Defensivos Agrícolas para Uma Relação Mais produtiva Entre Agricultura e Apicultura, que reproduz a trajetória do movimento no ciclo 2017-2020 e começa a circular nos próximos dias.
A íntegra do evento está disponível no site www.colmeiaviva.com.br
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