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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços na “porta de fábrica” das indústrias extrativas e de transformação, registrou queda de 1,29% em maio de 2025, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador aprofunda a trajetória de recuo iniciada em abril, quando o índice havia recuado 0,12%.
Entre os 24 setores pesquisados, 17 apresentaram retração nos preços. As maiores quedas foram registradas nos segmentos de metalurgia (-3,46%), outros produtos químicos (-3,11%), indústrias extrativas (-3,03%) e alimentos (-1,33%). O setor de alimentos teve a maior influência no resultado agregado do mês, contribuindo com -0,34 ponto percentual (p.p.) do total de -1,29% da indústria geral.
No acumulado do ano, o IPP registra variação de -1,97%, o segundo menor índice para um mês de maio desde o início da série histórica, em 2014. Já no acumulado em 12 meses, os preços industriais subiram 5,78%, desacelerando frente ao resultado de abril (7,54%).
Alimentos: Após subir 1,52% em abril, os preços do setor voltaram a recuar, com variação média de -1,33% em maio. No ano, a queda acumulada é de 2,81%. Apesar disso, no comparativo com maio de 2024, os preços estão 10,99% mais altos. A atividade foi a principal influência tanto na variação mensal (-0,34 p.p.), quanto no acumulado do ano (-0,72 p.p.) e em 12 meses (2,67 p.p.). A redução nos preços de derivados de soja e açúcar VHP refletiu o período de safra e a valorização do real frente ao dólar. Por outro lado, sucos concentrados de laranja tiveram alta, impulsionada pela demanda externa.
Indústrias extrativas: O setor manteve tendência de queda pelo quinto mês consecutivo, com variação de -3,03% em maio. O acumulado no ano chega a -15,03%, o mais intenso entre todos os setores industriais. Já no acumulado em 12 meses, a queda é de 7,62%. O recuo nos preços de óleos brutos de petróleo segue como principal fator de pressão negativa no setor.
Refino de petróleo e biocombustíveis: Os preços caíram 2,77% em maio, com destaque para o óleo diesel, que voltou a ter forte influência negativa no IPP. O setor acumula queda de 2,98% em 2025, e a variação em 12 meses ficou em 0,68%.
Outros produtos químicos: O setor recuou 3,11% em maio, após já ter caído em abril. Mesmo com a retração, o acumulado no ano ainda é positivo (0,34%) e, em 12 meses, a alta é de 9,36%. Entre os produtos que mais influenciaram estão fertilizantes à base de NPK, lisina, polipropileno e propeno.
Metalurgia: Com queda de 3,46%, o setor registrou o quinto resultado mensal negativo consecutivo, acumulando retração de 8,55% no ano. Ainda assim, os preços estão 10,04% acima do registrado em maio de 2024. Os produtos da cadeia do alumínio lideraram as pressões de baixa, impactados pelas cotações internacionais e pela valorização do real.
A retração de 1,29% em maio foi influenciada principalmente pelos bens intermediários, que caíram 2,37% e representaram sozinhos -1,29 p.p. do resultado geral. Bens de capital recuaram 0,02%, enquanto os bens de consumo se mantiveram estáveis (0,00%), com leve alta nos bens duráveis (0,35%) e queda nos não duráveis (-0,07%).
No acumulado de 2025, os bens intermediários também puxam a média industrial para baixo, com queda de 4,37% e influência de -2,41 p.p. Os bens de consumo acumulam alta de 1,21%, enquanto os bens de capital variam -0,02% no mesmo período.
Em 12 meses, os bens de consumo lideram a alta, com 8,93% de variação, seguidos por bens de capital (5,94%) e bens intermediários (3,61%).
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