Contrastes de belezas ilustram os papéis de parede de agosto do Grupo Cultivar
A maior presença de compradores no mercado brasileiro impulsionou fortemente as cotações do algodão em pluma nesta semana. A maior demanda, por sua vez, está atrelada ao atraso na entrega de alguns contratos por parte de produtores, devido ao atraso na colheita. Além disso, muitos compradores intensificam as aquisições visto que estão receosos de que os preços subam ainda mais.
Assim, a liquidez esteve elevada nos últimos dias, com negócios envolvendo volumes significativos se comparados aos das semanas anteriores – isso ocorre à medida que a colheita e o beneficiamento são intensificados.
Do lado produtor, o baixo volume que tem sido colhido é destinado ao cumprimento de contrato de exportação. Vale lembrar, ainda, que muitos produtores ainda não têm números exatos sobre a produtividade, que deve ser menor. Desse modo, o volume de pluma disponível para comercialização no mercado spot é baixa.
O número de fechamento só não foi maior nesta semana devido à retração de produtores. Influenciados pelas altas, e na expectativa de que os preços voltem ao patamar de R$ 2,00/lp, boa parte de cotonicultores prioriza a colheita, beneficiamento e entrega da pluma.
Comerciantes, que foram os agentes mais ativos nas últimas semanas, estiveram recuados nesta. Muitos entraram no mercado apenas para cumprir contratos ou para realizar negociações “casadas”.
Em ritmo de recuperação, entre 22 e 29 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu expressivos 14,07%, fechando a sexta-feira a R$ 1,8107/lp. No acumulado de julho, no entanto, o Indicador registrou queda de 5,56%, com média R$ 1,7009/lp. Com as recentes altas, os preços internos já são mais vantajosos que os externos, mas já se aproximam do valor da paridade de importação.
Por outro lado, as vendas de fios continuam lentas. Vendedores seguem com dificuldade em manter os preços. Compradores pressionam fortemente as cotações, alegando concorrência com o produto importado.
No mercado internacional, os contratos futuros negociados da Bolsa de Nova York (ICE Futures) oscilaram fortemente nesta semana. Ora foram impulsionados por recompra de posições vendidas após fortes baixas de semanas anteriores, ora a pressão veio da maior oferta da Índia e do relatório de exportação do USDA, que apontou saldo negativo nas vendas do produto das safras 2010/11 e 2011/12. Entre 22 e 29 de julho, o vencimento Outubro/11 subiu 2,97%, Dezembro/11, 3,17%, Março/12, 2,61% e Maio/12, 2,53%.
Neste mesmo período, o Índice Cotlook A subiu 0,39%, fechando a sexta-feira a US$ 1,1490/lp. O dólar desvalorizou 0,13% frente ao Real, com média de R$ 1,5520/US$ na semana de 25 a 29 de julho. A paridade de exportação caiu 1,67% em relação à semana anterior (R$ 1,5581/lp), com média de R$ 1,5321/lp.
Até domingo, 24, o USDA apontou que 29% das lavouras norte-americanas estavam em condições boas ou excelentes, contra 68% no mesmo período de 2010. As condições médias eram 30%, contra 24% de 2010. Já as condições ruins ou muito ruins chegaram a 41%, contra apenas 8% em 2010.
Dados do governo indiano, divulgados no início desta semana, reajustou o volume da produção da safra 2010/11, que deve crescer 4% em relação à estimativa anterior, totalizando 32,5 milhões de fardos.
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