Desenvolvimento da lavoura de soja antecede sua semeadura
Cerca de 70% ou mais da produtividade depende de uma nutrição balanceada de plantas, afirma especialista
O início do período de entressafra do algodão traz de volta os relatórios do monitoramento do bicudo-do-algodoeiro realizados pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), através de armadilhas de feromônio instaladas em propriedades de todos núcleos regionais.
O objetivo desse trabalho, que é feito há algumas safras consecutivas, é chamar atenção para os locais com maior presença de bicudos remanescentes da safra recém-concluída (2017/18).
"Fazendo o levantamento das populações do bicudo em Mato Grosso, temos condições de alertar produtores e técnicos para as áreas que oferecem maior risco, evitando assim grande pressão da praga na safra 2018/19", explica o entomologista do IMAmt, Guilherme Moura Rolim. O bicudo é considerado a maior praga da cotonicultura nacional.
O pesquisador elabora os comentários que acompanham os gráficos elaborados a partir dos dados coletados nas armadilhas. Esse material é direcionado aos produtores associados à Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) e disponibilizado para consulta nos sites da Ampa e do IMAmt.
De acordo com o primeiro levantamento divulgado nesta quinta-feira (18/10), foram observados altos índices de captura do bicudo nos núcleos regionais Centro (região de Campo Verde), Centro Leste (região de Primavera do Leste) e Sul (região de Rondonópolis), nas duas primeiras semanas da pré-safra 2018/19.
"É importante redobrar a atenção nas áreas com maior captura, principalmente naquelas onde houve dificuldade na destruição de soqueira, bem como realizar a destruição de qualquer planta de algodoeiro, evitando a permanência e/ou reprodução do inseto durante a entressafra", comenta Rolim.
Nos núcleos regionais Norte (região de Lucas do Rio Verde e Sorriso), Médio Norte (região de Campo Novo do Parecis) e Noroeste (região de Sapezal), compreendidos na Região II, os índices de bicudo por armadilha por semana (B.A.S) foram inferiores, porém também preocupantes.
"É de extrema importância a manutenção da vigilância constante, pois o trabalho bem feito nas três últimas safras pode ser perdido, caso haja algum relaxamento ou falta de atenção com as ações que devem ser realizadas nesse período de pré-safra 2018/19", afirma o pesquisador do IMAmt.
Ele destaca a importância de se realizarem vistorias em todos os núcleos regionais, em meio aos talhões semeados com soja, visando a eliminação das plantas de algodão remanescentes e as eventuais tigueras.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura