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O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) retirou, terça-feira (08/06), durante audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o prazo estabelecido pela Portaria nº 937, de 2 de outubro de 2008, para a produção de mudas em viveiro telado.
A portaria 937 do IMA determinava, dentre outras coisas, que a partir de 1º de julho de 2010 as sementeiras para produção de porta-enxertos de citros somente poderão ser instaladas em ambiente telado com abertura máxima de 0,87mm x 0,30mm. O objetivo é diminuir o risco da disseminação da praga causadora do greening.
Também determinava que, a partir de 1º de janeiro de 2011, as especificações de medidas passam a valer também para a produção de mudas cítricas. Aqueles materiais que tiverem origem diferente da especificada, não poderão ser transportados e comercializados.
Os produtores de mudas cítricas da cidade mineira de Dona Euzébia (Zona da Mata) alegaram que existe cerca de quatro mil pequenos produtores na região que não poderão se adequar a essa medida no prazo estabelecido, visto que são pequenos produtores, muitos deles da agricultura familiar.
O gerente de defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Nogueira, mostrou durante a reunião que a produção em viveiro telado é de extrema importância para conter o greening (principal praga que ataca a produção de citros).
O diretor-técnico do Instituto, Pedro Hartung, afirmou que a Portaria 937 será modificada. “A partir de agora, os produtores em conjunto com o IMA estabelecerão novos prazos para a instalação de viveiros telados”, explicou.
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, afirma que as normas regulamentadas pela Portaria têm como objetivo garantir a sanidade da citricultura mineira. “Não temos a intenção de dificultar o trabalho do produtor rural, mas sim cumprir o papel delegado ao IMA e proporcionar condições favoráveis ao cultivo dos citros, sem ocorrência do greening e de outras pragas”, destacou.
Greening
O greening chega aos pomares por meio de um inseto, o psilídeo, presente em todas as regiões do Brasil e através de mudas de citros contaminadas. As árvores afetadas pela doença têm como sintoma inicial o surgimento de um ramo ou galho, que se destaca pela cor amarela em contraste com a coloração verde das folhas dos ramos não afetados. As folhas amareladas apresentam coloração pálida, formando manchas assimétricas.
As plantas contaminadas pelo greening tendem a derrubar folhas e frutos precocemente, produzem frutos deformados que, apesar de poderem ser consumidos, são negociados a preços abaixo do valor de mercado. Quando afeta plantas novas elas não chegam a produzir frutos.
O principal prejuízo que o greening causa é para o bolso do produtor que tem que eliminar as plantas com sintomas, muitas vezes perdendo os frutos que estão para serem colhidos. Em casos mais severos, no qual o nivel de infestação ultrapassar 28% das plantas, pomares inteiros terão que ser eliminados.
Para essa praga não há tratamento. A planta afetada deve ser erradicada e não podada, pois a bactéria que ataca o sistema vascular, já encontra-se no interior da planta. Uma nova muda pode ser plantada no mesmo local, não havendo perigo de contaminação pelo solo.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Instituto Mineiro de Agropecuária –IMA - (31) 3235-3504 /
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