Solução para preço do milho é agregar valor
Pesquisadores brasileiros, americanos e argentinos apresentaram estudos e técnicas para combater o problema.
A IHARA, fabricante de defensivos agrícolas, em parceria com a Sumitomo Chemical, realizou entre os dias 09 e 12 de março, a 2ª edição do Workshop Flumyzin, que reuniu pesquisadores brasileiros, norte-americanos e argentinos, além de consultores e clientes de todo o Brasil para discutir o controle de plantas daninhas resistentes e de difícil controle no Brasil.
Nos dias 09 e 10 de março, foram promovidas em Foz do Iguaçu (PR) palestras e debates sobre o tema, nos quais os pesquisadores e consultores apresentaram dados e técnicas utilizadas para combater o problema. “A resistência de plantas daninhas hoje no Brasil é uma realidade em diversas culturas, tais como soja e algodão, e há alguns anos já comprometem a produtividade dos norte-americanos. Este encontro ajudou os presentes a entender melhor a situação para definir em conjunto, soluções para o problema através da utilização de herbicidas residuais e pré emergentes”, explica o Gerente de Produtos Herbicidas da IHARA, Raphael Godinho.
Durante os dois dias, as palestras e debates focaram a evolução da pesquisa, por meio da troca de informações de alternativas de manejo entre os pesquisadores, além da experiência de produtores e consultores brasileiros que vêm lidando com a resistência do glifosato às ervas daninhas de difícil controle, especialmente a Buva, Azevém, Capim Amargoso, Caruru, dentre outras que estão se tornando relevantes.
“As experiências e a troca de informações têm como objetivo antever uma evolução dos problemas de resistência de forma a não comprometer a produtividade agrícola brasileira, já que ele ainda não se alastrou por todo o país, mas ameaça a cultura em todo o território nacional. Não se trata apenas em resistência ao glifosato, mas também aos herbicidas inibidores de ALS”, afirma Godinho.
No dia 11 de março, o grupo visitou a Fazenda Experimental da COAMO – Agroindustrial Cooperativa, na cidade de Campo Mourão (PR), para conhecer os ensaios promovidos pela cooperativa com diversos herbicidas para o controle de plantas daninhas resistentes, dentre eles destaque para o FLUMYZIN – herbicida residual da IHARA que apresentou excelente ação de residualidade e pré-emergência para a Buva e outras plantas daninhas, além de facilitar e flexibilizar a ação dos pós emergentes. “A presença dos pesquisadores brasileiros e americanos em nossa fazenda, além de enriquecer o trabalho da COAMO, ainda ajuda a manter nossa equipe técnica atualizada por meio da troca de experiências”, conta o chefe da Fazenda Experimental da COAMO, Joaquim Mariano.
Para ele, a iniciativa da IHARA e da Sumitomo em promover a troca de informações entre os pesquisadores e clientes ajuda os produtores do país a se prepararem para o problema. “As informações discutidas no Workshop, além de manter a nossa equipe preparada para enfrentar o problema, ainda nos ajuda a passar as informações aos nossos cooperados para que eles sofram o mínimo possível no campo”, acrescenta Joaquim.
O evento seguiu com a visita à Embrapa Soja em Londrina (PR), no dia 12 de março. Recebido pelo pesquisador da entidade, Dionísio Luis Pisa Gazziero, o grupo conheceu as instalações da Embrapa Soja, o panorama da cultura no Brasil e o trabalho realizado no local.
“Este evento foi uma oportunidade sem igual para a troca de experiências. A organização está de parabéns por ter conseguido reunir por tantos dias os principais nomes da soja para debater um problema tão importante. O Brasil possui posição de destaque na cultura da soja e a troca de informações vai alavancar ainda mais a produção da cultura no país”, enfatiza Dionísio.
Para o pesquisador da University of Illinois, Dr. Aron Hager, foi uma surpresa encontrar no evento pessoas de diferentes partes da cadeia produtiva da soja, como pesquisadores e revendedores. “Fiquei muito impressionado com a capacidade de coordenação de um grupo de áreas diferentes. É muito importante essa união dos profissionais para o debate do problema”, comenta. “Para mim a situação do problema no Brasil serviu como um consolo, pois nos deparamos aqui com condições semelhantes às encontradas nos EUA. Assim como nós, os pesquisadores brasileiros enfatizaram a dificuldade em mudar a cabeça do produtor”, afirma Hager.
O pesquisador americano da University of Delaware, Dr. Mark VanGessel, elogiou a iniciativa de promover um evento exclusivo para o debate do problema. “Foi muito importante participar deste evento. A atitude proativa das empresas de defensivos e os pesquisadores, unidos a um mesmo objetivo, vai ajudar o Brasil a superar o problema com mais facilidade”, disse.
O Gerente de Desenvolvimento de Produtos e Mercado – Mercosul da Sumitomo Chemical, Luis Paulo Antonialli, ressaltou a importância da união de empresas do mesmo ramo para buscar soluções que melhorem a qualidade do campo. “Recebi ótimos retornos dos participantes. A união das empresas em torno do caso da resistência garante maior difusão das informações e a conscientização de todos os envolvidos no processo”, explica Antonialli.
Trabalho continuado
O II Workshop Flumyzin dá continuidade ao trabalho desenvolvido pela IHARA de compartilhar com os produtores brasileiros o know-how do manejo de plantas daninhas resistentes e evitar que o agronegócio brasileiro tenha perdas significativas de produção, como ocorreu nos EUA.
A 1ª edição foi realizada em maio de 2009, na cidade de Londrina (PR) e reuniu pesquisadores e herbologistas. No final de junho, os pesquisadores brasileiros viajaram até os EUA para conhecer de perto a situação das plantas daninhas resistentes ao glifosato e a outros grupos químicos nas áreas de soja e milho. Durante a viagem, os pesquisadores percorreram lavouras, estações experimentais e universidades do Meio-Oeste americano para verificar in loco as tecnologias de uso de herbicidas residuais com foco no manejo de resistência e também na promoção da facilidade e flexibilização do manejo de pós emergentes.
A 2ª edição do evento buscou desencadear as ações em busca de prover soluções eficientes ao produtor e aprofundar a discussão iniciada no ano passado, e assim partir de fato para a ação conjunta sob o problema.
“Sem dúvida o saldo final do II Workshop é muito positivo. A troca de informações e experiências nos deram ainda mais ferramentas para nos prepararmos quanto ao problema. A IHARA está preparada para esse futuro e investe continuamente no desenvolvimento de novas moléculas, misturas e produtos de origem japonesa de qualidade diferenciada. Além disso, investimos muito nas pessoas nos últimos anos, o que nos possibilita ter um time no campo capacitado a orientar o produtor da melhor forma e prover a melhor solução. Agora vamos todos colocar em prática as ações discutidas no workshop e aplicar os novos caminhos definidos nos debates, em busca da melhor qualidade e produtividade dos produtores brasileiros”, finaliza Godinho.
Fonte: Attuale Comunicação – (11) 4022-6824
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