FMC anuncia Sofero Fall contra "Spodoptera frugiperda"
O produto utiliza tecnologia baseada na interrupção da cópula da praga
O Brasil deve colher uma safra recorde de grãos em 2025. Segundo a estimativa de março divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 327,6 milhões de toneladas, um crescimento de 11,9% em relação à safra de 2024. O aumento equivale a 34,9 milhões de toneladas a mais no campo. Em comparação com os dados de fevereiro, o resultado representa uma alta de 1,2%, ou 3,9 milhões de toneladas.
A área total a ser colhida também cresceu, chegando a 81 milhões de hectares — aumento de 2,5% em relação ao ano anterior.
Os carros-chefes da produção continuam sendo soja, milho e arroz, que juntos correspondem a 92,6% do volume total previsto. A soja lidera com uma estimativa de 164,3 milhões de toneladas. O milho segue com 127,3 milhões, sendo 25,5 milhões da primeira safra e 101,8 milhões da segunda. Já o arroz deve atingir 11,9 milhões de toneladas.
O Centro-Oeste se mantém como a principal região produtora, com 50,5% da produção nacional, seguido pelo Sul (25,9%) e Sudeste (9%). Mato Grosso é, mais uma vez, o estado que mais contribui para a safra nacional, com 30,9% do total, seguido por Paraná (13,7%) e Goiás (11,7%).
Na comparação com fevereiro, alguns produtos apresentaram crescimento expressivo na estimativa de produção. É o caso da cevada, com aumento de 29,7%, da batata 3ª safra (18,0%) e do trigo (12,5%). A soja, embora em leve queda de 0,1%, ainda lidera a produção nacional.
Entre os estados, os maiores aumentos absolutos ocorreram no Mato Grosso (+4,7 milhões de toneladas), Goiás (+1,2 milhão) e Paraná (+708 mil). Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve a maior queda, com redução de 3,7 milhões de toneladas.
Além dos grãos tradicionais, outras culturas também se destacaram. A produção de café (arábica e canephora) foi estimada em 3,2 milhões de toneladas — cerca de 53,8 milhões de sacas — com aumento de 1,8% frente a fevereiro. A produção de batata também subiu 4,3% em relação ao mês anterior, com destaque para a terceira safra, que deve crescer 18%.
O trigo, cereal típico do inverno, apresentou forte alta na estimativa de março: 8,1 milhões de toneladas, aumento de 12,5% frente a fevereiro e de 8,1% sobre a produção de 2024.
O clima tem desempenhado papel importante nos resultados. Em estados como o Rio Grande do Sul, as chuvas de 2024 contribuíram para o aumento da produtividade do arroz, enquanto a cana-de-açúcar foi prejudicada por altas temperaturas e incêndios, especialmente em São Paulo, o que resultou em queda de 1,3% na produção nacional do setor.
Com base nos dados de março, a expectativa é de que o agronegócio brasileiro continue sendo um dos pilares da economia nacional, impulsionado por uma safra robusta e diversificada. Apesar de algumas variações pontuais negativas, o saldo é amplamente positivo e projeta um 2025 promissor para o campo.
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