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O quebra-vento é usado como prática de manejo para a citricultura de três formas – como prevenção de ocorrência de geada, barreira fixa para controle na disseminação de pragas e doenças e na qualidade dos frutos destinados ao mercado de frutas frescas, a serem consumidas in natura. Para discutir sobre o assunto e levar informações ao citricultor sobre os usos da técnica, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, realizará o mini-simpósio sobre “Uso de quebra-ventos na citricultura”, no XI Dia de Laranja, nesta terça-feira (25), das 13h às 17h, no Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” do IAC, em Cordeirópolis. No evento também será lançado o manual intitulado “Normas de Classificação de Citros de Mesa”, desenvolvido pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), com a colaboração da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e do IAC.
De acordo com o pesquisador do IAC, Dirceu de Mattos Júnior, um dos coordenadores do evento, o uso de quebra-vento ainda é pouco explorado na citricultura, principalmente pela falta de informação dos produtores. “A técnica já é conhecida, mas há pouca adesão porque o citricultor não sabe dos usos do quebra-vento. Esse é um assunto de relevância para a citricultura”, afirma o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No XI Dia da Laranja, o produtor terá acesso à informação sobre como a técnica de manejo pode influenciar o ambiente de produção. “A diminuição da ocorrência de geadas pode acontecer porque o quebra-vento altera os corredores de ventos e também as condições de temperatura no pomar”, explica Mattos Júnior.
Os quebra-ventos podem ser usados também como barreiras físicas de controle de pragas e patógenos, com foco em doenças como huanglongbing (HLB ou greening) e cancro cítrico. O processo auxilia na produção de frutas com maior qualidade e diminui os estragos causados por injúrias mecânicas e outros danos na casca dos citros destinados ao mercado de frutas frescas.
“Nas variedades de laranjas especiais, com número reduzido de sementes, a técnica é importante para diminuir a polinização cruzada e, consequentemente, a quantidade de sementes”, diz Mattos Júnior.
O XI Dia de Laranja terá as palestras “Considerações sobre o vento e o uso de quebra-ventos”, proferida por Paulo César Sentelhas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), às 13h45, e “Uso de quebra-ventos para a preservação e controle de pragas e doenças”, por José Belasque Júnior, da Fundecitrus, que terá início às 14h30.
As “Normas de Classificação de Citros de Mesa” serão lançadas, às 15h15, pelo pesquisador da APTA, José Antonio Alberto da Silva. Às 15h30 será a vez de Agnaldo Andrade, da Citrus Killer, falar sobre os “Benefícios do uso de quebra-ventos para a qualidade dos frutos de mesa”. Discussões sobre os temas apresentados acontecerão às 16h15, sob a coordenação de Joaquim Dragone, da Dragone Mudas.
XI Dia de Laranja
25 de outubro de 2011
das 13h às 17h
Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” IAC – Rodovia Anhanguera, km 158, Cordeirópolis – SP
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