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No ano em que o Brasil recebe a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (Rio+20), a tônica das comemorações dos 39 anos da Embrapa, vinculada ao Mapa, não poderia deixar de ser a sustentabilidade. Na programação dos dias 24 e 25 de abril, a Empresa vai mostrar uma visão moderna e coerente para o futuro da agricultura no contexto da economia verde e do desenvolvimento sustentável.
Em exposição na Sede da Embrapa, em Brasília/DF, a história recente da agricultura brasileira, revelando como o País superou o quadro de dependência e insegurança alimentar que perdurava até 60 anos atrás com uma trajetória inteligente e planejada que culminou na autossuficiência, na capacidade exportadora e no grande progresso em direção a sistemas integrados e sustentáveis, construindo as bases para a moderna bioindústria brasileira do futuro.
A participação da Embrapa começa na década de 1970, quando o Brasil ainda dependia da importação de alimentos básicos. Nos últimos 50 anos, a produtividade média de grãos subiu de 783 quilos por hectare para 3.173 quilos por hectare, um salto de 774%. Com avanços em eficiência, graças a pesquisa, inovação e investimentos, além de políticas macroeconômicas, setoriais e da crescente organização dos segmentos agroindustrial e agroalimentar, a agricultura brasileira respondeu às demandas de uma população urbana crescente, proporcionando alimentos mais acessíveis e baratos, que contribuíram para reduzir pressões inflacionárias e amenizar as desigualdades sociais. O País se tornou líder em inovação na agropecuária tropical e se consolidou como grande produtor mundial de alimentos.
Os novos tempos trazem desafios ainda maiores. A agricultura do futuro deverá estar balizada por conceitos, métodos e aplicabilidades multifuncionais, muito além da visão convencional de agricultura voltada à produção de alimentos, fibras e energia. Apoiada em modernos padrões tecnológicos mundiais e sintonizada com o modelo de economia verde, a agricultura deverá se pautar por um novo conjunto de funcionalidades e requisitos, como saúde e bem-estar, serviços ecossistêmicos, sistemas integrados e sustentáveis, mercados étnicos e regionais e bioenergia, que deverão conformar o padrão tecnológico do agronegócio do futuro.
É nesse sentido que o 39º aniversário da Embrapa focaliza a sustentabilidade e os novos paradigmas de produção e economia verde, apresentando os temas que serão levados à Rio+20 e lançando tecnologias inovadoras. Da mesma forma, o Prêmio Frederico de Menezes Veiga 2012, que será entregue na noite do dia 25, tem como temática a agricultura na economia de baixa emissão de carbono. Os agraciados deste ano serão Carlos Clemente Cerri, pesquisador do Cena/Esalq/Usp, que desenvolve estudos sobre emissão e sequestro de carbono na agropecuária, e Mariângela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja (Londrina, PR), que trabalha com fixação biológica de nitrogênio (FBN) pelas plantas.
A Embrapa também homenageia Paulo de Tarso Alvim (1919-2011), diretor técnico da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) entre 1963 e 1988. PhD em Fisiologia Vegetal, suas pesquisas contribuíram para aumento da produtividade dos cacaueiros e cafezais do Brasil e de países latino-americanos.
As comemorações também marcam a reinauguração da Biblioteca Edmundo da Fontoura Gastal, a exposição de soluções agropecuárias sustentáveis, a assinatura de convênios e uma série de lançamentos, como o Portal África, em parceria com a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); a hotpage Agro Sustentável; o perfil corporativo da Empresa no Twitter (@embrapa); além de novas tecnologias e publicações na solenidade do dia 25 de abril.
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