Conferência Anual ITMF conta pela primeira vez com a expertise da Bayer CropScience
Melhorar a produção, desenvolver as potencialidades genéticas e reduzir o custo, voltado à eficiência na escala produtiva. Essas são algumas das novidades técnicas desenvolvidas por Willebrordus Groot e Willy Groot. Que vem trabalhando no cruzamento para obter melhorias e corrigir erros no rebanho.
De origem holandesa, a família Groot cria gado no Brasil desde quando chegou à antiga Fazenda Ribeirão “janeiro de 1950”, atual município de Holambra São Paulo. O pecuarista trabalhou com o manejo de gado holandês até 1994.
Desde então, a família começou a buscar uma nova raça de gado de corte que se adaptasse ao clima brasileiro. “Participamos de estudos, dias de campo e palestras para encontrarmos a raça ideal para as condições que procurávamos.
Em 2005, a família comprou os primeiros exemplares da raça sul africana Bonsmara, criada atualmente na Estância Futurama. “Escolhemos esse tipo de gado por causa da adaptação e rusticidade, pois o clima na África é semelhante ao do Brasil, e devido aos 60 anos de pesquisa desenvolvida na raça”.
A partir disso começou-se a analisar as novas crias que foram surgindo e estabelecendo parâmetros para observar índice econômico, índice funcional e mérito genético. Apesar de a pesquisa ter sido feita com animais da raça Bonsmara, salienta-se que pode ser utilizada para qualquer tipo de gado bovino.
Resultado da pesquisa
Com as pesquisas, Willy conseguiu formular tabelas que auxiliam o pecuarista na hora de adquirir um bovino. “Esse trabalho viabiliza a reposição das matrizes de baixo valor genético por novilhas de maior performance. Além disso, é um incremento aditivo, com animais mais precoces e eficientes em produção e reprodução em função da crescente qualidade genética”, explicou.
Toda a pesquisa foi desenvolvida para gado de corte. Através das planilhas pode verificar índice econômico (conversão alimentar, sanidade e longevidade), índice funcional (conformação, musculosidade e precocidade) e mérito genético (confiabilidade, herdabilidade e acurácia - fenótipo do animal).
Com os índices e mérito codificados o pecuarista consegue verificar o índice de ganho de peso, altura e acabamento. “A vantagem é que se consegue uma seleção técnica e objetiva, com maior eficiência no sistema de produção”.
Planilhas
A ferramenta elaborada tem como base duas planilhas. Na primeira tabela, a novidade inserida foi o indicador de proteína, para saber se o animal é confinado ou de pasto.
Essa tabela é composta de peso ao nascimento (PN), ganho médio diário (GMD), circunferência escrotal (CE) e espessura de couro (Couro) “Com esses indicadores fazemos o ‘teste de performance’ e analisamos o crescimento do animal, quanto consumiu em proteína e o ganho em carne. Além disso, é possível verificar a capacidade da produção de sêmem”.
Porém, com garantia de dados tabulados, é possível verificar a eficácia do melhoramento realizado, onde o animal come menos e produz mais carne, sem ter que aumentar a proteína dada na forma de ração. “Isso é possível com a seleção de animais melhoradores”.
Um dos benefícios é a redução de gastos no manejo. Explicando, com o melhoramento, o animal passa a ganhar, em média, cem gramas por dia, em relação ao grupo contemporâneo, assim no fim de um ano chega a ganhar duas arrobas e meia (37,5 kg) a mais. “Isso pagaria o sal mineral que o animal consumiria durante dois anos”. Essa potencialidade representa eficiência genética.
Características Lineares
Uma outra planilha criada, descreve o animal em 18 itens. Ressaltando que a tabulação torna o sistema de produção mais eficiente, rentável e extremamente competitivo, corrigindo erros e alcançando as características desejadas no rebanho devido ao mérito genético e controle consangüíneo. “Assim é possível ter animais com maior longevidade e melhora na produção e conformação (avaliação da quantidade de carne na carcaça)”.
Pela planilha, o animal recebe conceitos, que variam de fraco a excelente, de acordo com a nota recebida (64 a 100). De acordo, com esses dados consegue-se melhorar o rebanho e conseguir animais padronizados. “As melhoras serão sentidas desde a facilidade de parto, diminuição do estresse até o fim da seleção alimentar”.
Fonte: Grupo WHL - Desenvolvimento Agropecuário
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