Dow AgroSciences tem novo presidente no Brasil
“Si vis pacem, para bellum” (do latim: se queres a paz, prepara-te para a guerra). A frase foi proferida pelo superintendente de execução de programas, Juscelino Borges Carneiro.
Ele falou durante abertura do “Encontro Técnico HLB (greening) e Pinta Preta em citros no estado de Goiás”, que está sendo realizado no auditório da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro) quarta-feira (07/04). Juscelino Borges representou o secretário da pasta Leonardo Veloso, na abertura do encontro, que reuniu cerca de 400 pessoas, entre fiscais da Agrodefesa, professores e estudantes de agronomia, agrônomos, citricultores e autoridades do segmento.
Nas palestras foram discutidas ações de prevenção e controle de doenças como o Greening ou Huanglongbing (em chinês: doença do dragão amarelo) dos citros, que é uma das mais destrutivas doenças da citricultura mundial. Antes restrita à Ásia e África, a doença foi constatada no Brasil em 2004 e na Flórida em 2005. No Brasil é causada pelas bactérias Ca. Liberibacter asiaticus e Ca. L. americanus e transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri.
No primeiro painel de palestras “Prevenção e controle do HLB do citros”, o Prof. Dr. Armando Bergamin Filho (ESALQ/USP) alertou que em nenhum país onde ocorre, o Greening tem sido controlado com eficiência e que, dentre as medidas de controle recomendadas, estão o uso de mudas sadias; erradicação periódica de plantas sintomáticas e; pulverização periódica de inseticida contra o vetor. Ele pontuou ainda, que a grande dificuldade de se conseguir sucesso no controle da doença, advém do fato de que essas medidas devem ser tomadas ao mesmo tempo em bases regionais, o que implica na colaboração de todos os envolvidos: grandes, pequenos e médios produtores. A Pinta Preta causa sérios prejuízos na África do Sul, Austrália, Japão, China e Argentina. A partir de 1992 se estabeleceu nos pomares do estado de São Paulo sendo ameaça à citricultura, principalmente para produção de frutos de mesa. O agente causal é um fungo, Guignardia citricarpa, que produz dois tipos de esporos de extrema importância para a sua multiplicação, disseminação e ataque aos diferentes tecidos da planta.
Em Goiás, conforme esclareceu Bergamin Filho, aparentemente não existe a doença. “Ainda não foi feito um levantamento sistemático, mas é possível que haja, já que existem várias formas de transmissão”, observou. Alertou para a necessidade dos devidos cuidados na fiscalização e prevenção, já que essa é a pior doença de citros do mundo.
Na segunda palestra, a partir das 11h15, Clarisse Lana Nicoli, da Embrapa SNT/Escritório de Negócios de Goiânia, abordou o Informe sobre o questionário sócio econômico para a citricultura em Goiás.
À tarde foi realizada a palestra: III – Informe SEDESA-SFA/AGRODEFESA – Pinta Preta e mosca negra dos citros: histórico, situação atual e medidas de prevenção. Às 14:15 - Prevenção e controle da Pinta Preta dos citros e, às 16:15 – Mesa-Redonda – Análise, discussão e sugestões sobre medidas de controle e prevenção.
Além do superintendente da Seagro, estiveram presentes autoridades como o superintendente federal da agricultura (SFA-GO), Helvécio Magalhães Ribeiro; gerente geral da Embrapa (SNT), Ronaldo Pereira Andrade; presidente da Agrodefesa, Maurício A. Faria e o gerente do Escritório de Negócios de Goiânia/Embrapa SNT, Abílio Pacheco, dentre outros.
Fonte e mais informações: Seagro -
ou (62) 3201-8905
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