O Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura divulgou, nesta quinta-feira (15), a terceira reestimativa da safra de laranja 2017/18. O relatório aponta uma produção de 397,27 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. Esse valor corresponde a um aumento de 3,13% em relação à estimativa publicada em dezembro de 2017 e de 9,00% quando comparada à estimativa inicial de maio de 2017. Da safra total, cerca de 30,42 milhões de caixas deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro.
Segundo o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), Vinícius Trombin, o desempenho positivo desta safra, constatado pelos incrementos de produção anunciados a cada reestimativa, continua sendo devido ao aumento de peso dos frutos, atualmente em 165 gramas, em média por unidade, contra 162 gramas na reestimativa de dezembro. “Esse fato é explicado pelas chuvas acima da média histórica, que proporcionaram um maior acúmulo de água nos frutos, o qual, foi potencializado pela melhora dos tratos culturais dos pomares”, diz.
Trombin também destaca a redução da taxa de queda de frutos como um fator que contribuiu para o aumento desta produção. “A queda está cerca de um ponto percentual menor em relação ao valor projetado inicialmente”, completa o coordenador.
As chuvas abundantes em todas as regiões produtoras do cinturão citrícola ocorreram no período de outubro a janeiro. O efeito dessas chuvas foi observado, principalmente, na Pera Rio e com mais intensidade nas variedades tardias em função da época de colheita.
A colheita das variedades precoces foi encerrada em janeiro com tamanho e taxa de queda iguais aos revisados em setembro e mantidos na reestimativa de dezembro. Cerca de metade da produção dessas variedades precoces foi realizada até meados de julho, quando os solos ainda estavam úmidos em função das chuvas acima da média histórica que ocorreram no início da safra.
A colheita da Pera Rio, variedade de meia estação, está praticamente encerrada, restando apenas 1% para finalizar a safra. A colheita da Valência e Valência Folha Murcha atingiu 95% da produção, o tamanho é alterado para 227 frutos por caixa e a taxa de queda para 21,50%. No caso da Natal, a colheita está em 90% da produção, o tamanho é revisado para 238 frutos por caixa e a taxa de queda passa a 20,00%. Considerando todas as variedades, já foi colhido 97% do total da safra, o tamanho médio é reestimado para 247 frutos por caixa e a taxa de queda é reestimada em 17,20%.
O método utilizado para a reestimativa é o mesmo adotado na safra anterior. As informações foram obtidas por meio do monitoramento de peso e queda de frutos em 900 talhões, a partir de maio, que deixam de ser visitados à medida que ocorre a colheita completa do mesmo, além do tamanho dos frutos processados. O trabalho é realizado pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCA/Unesp. O relatório completo está disponível em: http://bit.ly/2EL0dDS