Fundecitrus encontra viveiro com cancro cítrico em Limeira/SP

11.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Equipe de inspeção do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) detectou em outubro um foco de cancro cítrico em um viveiro de Limeira, após um ano sem a ocorrência da doença em viveiros no Estado de São Paulo. Com quatro estufas e capacidade para 650 mil plantas –, teve aproximadamente 280 mil mudas e cavalinhos eliminados após a confirmação por teste laboratorial.

Até o momento, foram localizadas cinco propriedades que apresentaram focos de cancro cítrico após terem adquirido plantas do local: Mogi-Guaçu, Bebedouro, Arealva, Estrela D´Oeste e Itápolis. As outras três estufas do viveiro onde não foram encontrados focos passam por um período de quarentena de seis meses. Nos três primeiros meses, não pode haver comercialização de mudas.

Conforme explica o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Antônio Roberto Pinsetta Crozera, a estufa contaminada pelo cancro cítrico foi encontrada após a inspeção mensal de viveiros. O Fundo acionou imediatamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, que tomou todas as providências previstas em lei. O material suspeito foi coletado e enviado ao Instituto Biológico de Campinas. "Depois de alguns dias, recebemos o diagnóstico positivo e o viveiro foi interditado pela CDA", afirma Crozera. "O Fundecitrus, a pedido da Coordenadoria de Defesa, foi encarregado da eliminação das plantas doentes."

Cuidado redobrado

O aparecimento de cancro cítrico dentro de um viveiro telado é um alerta para que os citricultores que compram mudas, cavalinhos ou borbulhas busquem o máximo de informações sobre a procedência do material que pretendem adquirir.

Para o gerente técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari, um viveiro telado não está isento de contaminação. Apesar de não ser a forma mais comum de transmissão da doença, as mudas contaminadas são perigosas para a sanidade dos pomares. "É preciso que os citricultores visitem os viveiros, que conheçam os procedimentos utilizados no local e a origem dos cavalinhos e borbulhas que pretendem comprar", diz.

As mudas devem ser adquiridas apenas de viveiros que cumpram as recomendações da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Os técnicos alertam para a necessidade de exigir certificado de procedência de todo material de propagação. Quando comprar mudas, o produtor deve pedir o relatório de inspeção realizado pelo Fundecitrus, exigir a nota fiscal da compra, certificar-se de que o viveiro está registrado na Secretaria da Agricultura e também pedir a permissão de trânsito de mudas do viveiro até sua propriedade.

Raquel Rodrigues

Com Texto Comunicação Corporativa

(16) 3324-5300

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