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Tecnologias para a fruticultura de clima temperado e experiências de sucesso de fruticultores da região dos Campos das Vertentes foram apresentadas durante dia de campo realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), ontem, 24 de novembro, em São João del-Rei. O objetivo do evento foi despertar o interesse dos produtores para a atividade da fruticultura como mais uma fonte geradora de renda e empregos em suas propriedades.
O evento reuniu, na Fazenda Experimental Risoleta Neves (FERN), cerca de 150 participantes entre produtores e técnicos daquela região. De acordo com o pesquisador da EPAMIG Ângelo Albérico Alvarenga participaram produtores rurais que tiveram Unidades Demonstrativas de frutíferas introduzidas em suas propriedades nos municípios de São João del-Rei, Prados, Coronel Xavier Chaves, Lagoa Dourada, Barroso, Resende Costa, Tiradentes e Carandaí. “Também participaram produtores interessados em diversificação de renda em suas propriedades”, afirma.
O coordenador estadual de fruticultura da Emater-MG, Sérgio Pereira de Carvalho apresentou o potencial e o mercado da fruticultura naquela região. “Existem grandes produtores, principalmente em Barbacena, onde as fruteiras de clima temperado (pêssego, ameixa, nectarina, maçã) já são tradicionais”, apontou. Nos outros municípios ainda não existe produção expressiva, mas já contam com alguns produtores. Segundo o pesquisador Ângelo, a região dos Campos das Vertentes destaca-se na produção de doces caseiros. “O mercado de doces é ampliado, devido o potencial turístico daquela região, que ainda conta com proximidade a grandes centros comerciais”, explica. Ângelo disse que alguns produtores já têm obtido lucro, principalmente, com as culturas maçã e figo.
Os participantes conheceram ainda um caso de sucesso na fruticultura no Sul de Minas, a “Casa da Goiaba”. O empreendimento nasceu a partir de um projeto de incentivo à produção de frutas, coordenado por EPAMIG, Emater-MG e Universidade Federal de Lavras (Ufla), o Frutilavras. O caso apresentado pela empreendedora Madeleine Alves de Figueiredo, que ajuda o pai no negócio familiar, começou como um ponto de venda de doces caseiros. Atualmente, eles produzem goiaba, pêssego, uva, atemoia, banana e maracujá para industrialização, em cerca de oito hectares de sua propriedade.
Pesquisadores da EPAMIG e professores da Ufla apresentaram em quatro estações de campo tecnologias desenvolvidas para produção de frutas exóticas como uva, maçã, figo e amora preta. Nos experimentos desenvolvidos na FERN, a cultivar de figo Roxo de Valinhos teve destaque quanto à produção para industrialização e consumo in natura. “É uma cultivar comercial que apresenta bom desempenho nas condições brasileiras de clima e solo”, ressalta Ângelo. Nos experimentos de maçã, a cultivar Eva obteve destaque pela boa aceitação de mercado e adaptação à região. É uma cultivar para se adaptar a climas subtropicais. Durante o dia de campo, os participantes conheceram ainda tecnologias para manejo da videira e amoreira preta.
O evento foi realizado pela EPAMIG, em parceria com Emater-MG, Universidades Federais de São João del-Rei (UFSJ) e de Lavras e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
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