Frio intenso favorece fruticultura na Serra Gaúcha

Temperaturas baixas garantem dormência das plantas e impulsionam produtividade de uva, maçã e pêssego

24.06.2025 | 15:40 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Mateus de Oliveira
Foto: Rejane Paludo
Foto: Rejane Paludo

As recentes ondas de frio registradas na Serra Gaúcha beneficiam o desenvolvimento de frutíferas de clima temperado. Cultivos como uva, maçã, pera, pêssego e ameixa dependem das baixas temperaturas para completar a dormência, fase essencial para a produção na primavera.

Segundo Thompsson Didoné, extensionista rural da Emater/RS, esse processo ocorre quando as plantas perdem suas folhas e interrompem temporariamente o crescimento. A dormência exige temperaturas abaixo de 7,2°C, por um período que varia conforme a variedade da fruta.

Na região, uma das maiores produtoras de uva e maçã do Brasil, o frio garante a produtividade. Uvas como Chardonnay e Pinot Noir, de ciclo precoce, pedem menos frio. Cultivares como Cabernet Sauvignon necessitam de mais tempo sob baixas temperaturas. Algumas variedades de maçã precisam de mais de 500 horas de frio contínuo.

As condições atuais também ajudam no controle natural de pragas e doenças. O frio reduz insetos e plantas daninhas, melhorando o ambiente dos pomares. “Esse frio entre junho e início de agosto é o ideal. Estamos no momento certo”, afirma Didoné. Ele alerta, porém, que geadas fora de época podem prejudicar brotações futuras.

Quanto à citricultura, o técnico aponta menor risco. Apesar de sensíveis ao frio, laranjeiras e bergamoteiras são cultivadas em áreas mais amenas, como a costa do Rio das Antas, com menor exposição às geadas.

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