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Pesquisadores descobriram que as formigas-do-deserto da espécie Cataglyphis nodus utilizam o campo magnético terrestre de maneira singular para navegação. Seu estudo revelou que esses insetos dependem da polaridade do campo magnético para orientação.
Trata-se de característica distinta em comparação com outros insetos, que frequentemente utilizam a inclinação do campo magnético. Esses resultados sugerem um mecanismo de magnetorrecepção baseado em partículas magnéticas, possivelmente envolvendo magnetita.
As formigas Cataglyphis nodus realizam caminhadas de aprendizado ao sair do ninho pela primeira vez. Durante essas caminhadas, elas interrompem seu movimento para olhar na direção da entrada do ninho. Essa atividade parece ser uma forma de treinar a memória visual, calibrando o sentido de direção com base no campo magnético.
Experimentos conduzidos por pesquisadores da Alemanha e da Noruega demonstraram que, quando a polaridade do campo era invertida artificialmente, as formigas ajustavam sua orientação para um local fictício do ninho, sugerindo forte dependência da polaridade.
Por outro lado, alterações na inclinação do campo não tiveram efeito no comportamento das formigas, evidenciando que esses insetos não utilizam esse componente do campo magnético.
Isso contrasta com mecanismos observados em outros insetos, como borboletas-monarca, que dependem da inclinação para navegação.
A descoberta de que as formigas detectam a polaridade do campo magnético apoia a hipótese de um mecanismo de magnetorrecepção baseado em partículas magnéticas.
Essas partículas, como cristais de magnetita, poderiam interagir com o campo magnético para fornecer informações direcionais, funcionando como uma bússola interna. Esse mecanismo é distinto do mecanismo de pares radicais, que é sensível à inclinação e depende de reações químicas induzidas pela luz.
Além disso, as formigas C. nodus apresentam estruturas sensoriais em suas antenas, como o órgão de Johnston, que podem desempenhar um papel na detecção magnética. Estudos futuros devem investigar mais detalhadamente como essas estruturas contribuem para a magnetorrecepção.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1016/j.cub.2024.11.012
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