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A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou, nesta sexta-feira (7/10), que os dados da pesquisa elaborada por organizações não governamentais ambientalistas (ONGs), que apontam para o aumento da cobertura florestal em países desenvolvidos nos últimos 60 anos, referem-se a florestas plantadas ou áreas regeneradas para fins de exploração comercial. Segundo a senadora Kátia Abreu, não tratam de florestas nativas originais, como as que cobrem cerca de 61% do território brasileiro, de acordo com o IBGE.
O próprio estudo das ONGs deixa claro que “restam poucas florestas primárias intactas nos países analisados”. Afirma, ainda, que “todos os países analisados implantaram uma série de incentivos para promover o reflorestamento e a reabilitação florestal nas últimas décadas”. Segundo a presidente da CNA, tais incentivos, que muitas vezes representam subsídios diretos aos proprietários, não existem no Brasil, o que reforça a necessidade de atualização da legislação ambiental do País.
A senadora Kátia Abreu negou, ainda, que o novo Código Florestal, em tramitação no Senado, possa aumentar o risco de desmatamento no País. “Nenhum artigo ou dispositivo do novo Código Florestal estimula ou permite novos desmatamentos”, afirmou. Citou o artigo 8º do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), alterado pela Emenda 164 e aprovado na Câmara dos Deputados, em maio, que veda a expansão das atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente.
De acordo com a presidente da CNA, a maioria dos senadores está trabalhando para legalizar as áreas que hoje estão sendo usadas para produção. “Não vamos diminuir a área de produção, porque isso significa diminuir emprego e aumentar o preço da comida. Temos apenas 27% do País (ocupado) com arroz, feijão e carne e estamos lutando para ficar com 27%”, completou.
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