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Até o final de novembro, assistentes de campo e acadêmicos de engenharia florestal da Faro e de biologia da Faculdade São Lucas, participam do curso de inventário florestal realizado pela Embrapa Rondônia, uma das 41 unidades da Embrapa.
O inventário florestal é a base para o planejamento do uso da cobertura vegetal de uma área. A partir de informações levantadas no local é possível conhecer como as espécies de árvores, arbustos, ervas e cipós ocorrem naturalmente no local, quais as mais freqüentes, as mais abundantes, e como estão associadas na natureza.
O curso que tem a duração de 80 horas visa capacitar os empregados da empresa para auxiliar nos projetos de pesquisa da área florestal, e de futuros profissionais da área. Durante a capacitação que está sendo realizada no Campo Experimental da empresa, em Porto Velho, são repassados aos participantes os objetivos do inventário florestal, abordagens sobre a área e o método de amostragem, coleta e identificação das espécies, equipamentos de proteção individual, além do roteiro da coleta de dados, instrumentos utilizados e observações que devem ser feitas durante o inventário.
A pesquisadora da Embrapa Rondônia e ministrante do curso, Michelliny Bentes-Gama, diz que a realização do inventário florestal é importante para se obter informações quantitativas e qualitativas da vegetação de um local, incluindo a correta identificação botânica das espécies, o conhecimento das árvores de valor comercial ou de uso potencial. No inventário também se estima o cálculo do volume de madeira por unidade de área, ou de produtos não madeireiros, como o volume de óleo vegetal, o peso de frutos, de fibras de certas plantas, entre outras variáveis de interesse.
Além da parte conceitual, os participantes que estão fazendo o inventário florestal do Campo Experimental têm como práticas de curso a marcação de parcelas experimentais, o preenchimento de fichas de campo, a utilização de GPS, o uso de fita métrica e vara graduada para a medição de árvores, além de instruções sobre o uso adequado de equipamentos de proteção individual em trabalhos dessa natureza. Até o momento, foram identificadas mais de 80 espécies florestais, entre elas, matá-matá, copaíba, muiracatiara, roxinho, pinho-cuiabano, tauari, acariquara e diferentes espécies de angelim, revela a instrutora do curso. A pesquisadora ressalta que estas espécies são de grande valor comercial, sendo indicadas para aproveitamento da madeira em serrarias e movelarias.
Ela enfatiza que essas espécies somente poderão ser confirmadas ao término do inventário, a partir de laudo botânico emitido por um herbário credenciado da Região Norte. Considerando o lado prático do aprendizado, a caracterização da vegetação pode ser utilizada, por exemplo, tanto em estudos científicos como em laudos técnicos relacionados aos processos de licenciamento ambiental, tornando-se ferramenta essencial para a formação de estudantes e técnicos cujo trabalho seja voltado ao estudo da vegetação.
Outras informações:
Embrapa Rondônia
www.cpafro.embrapa.br
Telefone: (69) 3225-9387
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