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Apesar do frio e da neblina que tomaram Campo Grande (MS) no último sábado, dia 17 de julho, o Dia de Campo organizado pela Fazenda Perdizes superou as expectativas e a marca de 100 espectadores. O evento contou com palestras sobre a metodologia do trabalho desenvolvido na propriedade e os participantes puderam comprovar de perto a qualidade dos animais da Perdizes.
Com foco na produção de rebanho a fazenda sempre buscou aliar quantidade e qualidade. Criado totalmente a pasto, o rebanho da Fazenda Perdizes é diferenciado. Os animais participam das Provas de Ganho de Peso a Pasto com a supervisão da Embrapa Gado de Corte e os touros com os melhores resultados seguem para testes de fertilidade. As progênies são avaliadas pelo Programa de Melhoramento Genético da USP e pelo Geneplus da Embrapa. Um dos principais pontos no processo de melhoria de todo o rebanho é a utilização de jovens reprodutores, rigorosamente selecionados.
Frederico Pavão, zootecnista e gerente da fazenda, explica que na propriedade foi criado um sistema de produção que começa desde o nascimento e segue até a avaliação final, quando os animais atingem 18 meses. “Depois dessa avaliação, escolhemos os melhores indivíduos e reutilizamos no rebanho”, completa.
“A Fazenda Perdizes além de usar os touros de fora, usa os próprios touros na cabeceira do rebanho, e não apenas como repasse. Em termos de rebanho como um todo, a fazenda evoluiu muito”, afirma Luís Otávio Campos, pesquisador da Embrapa Gado de Corte de Campo Grande, que acompanha o trabalho da Perdizes desde 2002.
Durante todo o programa de melhoramento, o touro desempenha o maior papel. Em geral, ele é responsável por 80% do melhoramento genético que pode ser obtido no rebanho. Com essa fórmula, a Fazenda Perdizes produz excelentes animais e pensa no futuro. Pavão aponta as provas da qualidade dos animais. “Já estamos com três touros selecionados na Lagoa da Serra (maior central de inseminação da América Latina). São todos Top 0,1% nas avaliações da Embrapa e da USP”. Com isso, a cada geração os animais possuem uma qualidade mais elevada e garantem o selo da Nelore Quilombo.
Aproveitando a atual época do ano, o Dia de Campo também contou com palestras que ofereceram soluções aos produtores para o período de estiagem. Lessandro Dossi e Ayrton Bender, veterinários da Tortuga Cia. Zootécnica Agrária dissertaram sobre a importância do uso de suplementos minerais, as técnicas de manejo e as melhores estratégias de confinamento nas propriedades. Os benefícios do uso da mineralização já são confirmados, como aumento das bactérias do rúmen, ganho de peso, regulação hormonal, excelente expulsão do feto e placenta, e a contração do útero, para que fique apto à recepção de um novo embrião. Quanto ao confinamento, o ideal é que se invista na estrutura da fazenda, possuindo bom fornecimento de água e boa pastagem, para que essa ferramenta agregue valor aos rebanhos nos períodos de terminação dos bois.
Localizada em Campo Grande (MS), a Fazenda Perdizes tem 7 mil hectares e há mais de 10 anos desenvolve um projeto de produção de animais geneticamente avaliados e provados a campo, com acasalamentos dirigidos para a produção de matrizes e reprodutores superiores no trabalho de reprodução a pasto. Atualmente possui 5 mil cabeças em produção.
Com tecnologias de ganho de produtividade a pasto, a propriedade está intensificando suas pastagens e com isto cresce verticalmente, ou seja, com a mesma área que antes era exclusiva para o pastejo, a Fazenda Perdizes hoje tem 4 mil ha de eucaliptos e consegue gradativamente aumentar seu rebanho de matrizes nos hectares restantes.
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