Faixa de 450MHz com 4G/LTE será utilizada pela primeira vez no Brasil para desenvolver IoT no agronegócio

Ericsson, Vivo, Raízen e EsalqTec anunciam acordo que vai impulsionar o desenvolvimento da internet das coisas (IoT) no agronegócio

23.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Com informações da Telefônica Brasil

A Ericsson (NASDAQ: ERIC), Vivo, Raízen e EsalqTec anunciaram nesta quarta-feira (23/05) um acordo que vai impulsionar o desenvolvimento da internet das coisas (IoT) no agronegócio, um dos principais motores do PIB nacional e responsável pela geração de um terço de todos os empregos do país, por meio da utilização da faixa de 450MHz para o 4G/LTE na região de Piracicaba, no estado de São Paulo.

 
A iniciativa, inédita no País, une personagens relevantes para tornar o tema uma realidade nacional. A Ericsson contribuirá com sua liderança em tecnologias móveis e plataformas de software para IoT, enquanto a Vivo levará a sua rede móvel utilizando a frequência de 450Mhz. Do outro lado, a parceria conta com o expertise e infraestrutura agrícola da Raízen e a facilitação e aplicação acadêmica das tecnologias com o apoio da EsalqTec.
 
Essa união tem como objetivo desenvolver as tecnologias que colocarão o agronegócio no mundo da Internet das Coisas, apoiando-se no ecossistema de inovação aberta, com startups cujo DNA sejam o agronegócio. Vivo e Raízen trabalharão em parceria, selecionando novas startups para oferecer mentorias, workshops, treinamentos aplicados ao agronegócio e a possibilidade de investimento nas startups por meio da estrutura da Telefonica Open Future, com a Wayra, aceleradora de startups da Vivo, e do Pulse, hub de inovação da Raízen.
 
Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson no Brasil, diz: “A verdadeira colaboração é a única maneira de trazer a realidade da internet das coisas para a vida real. A combinação da excelência em pesquisa acadêmica e aplicada da EsalqTec, a experiência, percepções e demandas da Raízen no setor, juntamente com os recursos avançados de tecnologia fornecidos pela Ericsson e pela Vivo, criará um ecossistema positivo de transformação digital para a agricultura”.
 
“As informações geradas pelos dispositivos IoT são captadas e transmitidas na faixa de 450 MHz, que proporciona uma cobertura mais ampla, comparada a outras frequências. Com isso, vamos trazer para o agronegócio aumento de produtividade, redução de custo operacional e otimização na alocação de equipes e maquinário”, diz o Presidente -executivo da Vivo, Eduardo Navarro. De acordo com ele, o agronegócio, que já umas das atividades mais dinâmicas do país, será ainda mais produtivo com a adoção de novas tecnologias digitais.
 
Sendo uma das maiores produtoras de etanol, açúcar e energia do Brasil, a Raízen possui um papel fundamental nessa parceria, pois será a responsável pelas atividades de desenvolvimento de tecnologias e produtos realizadas pelas startups participantes no projeto, fornecendo sua infraestrutura local, como o uso das torres de transmissão de sinais para o desenvolvimento de soluções aplicadas.
 
“Inovação está no DNA da Raízen. Acreditamos que é necessário não apenas acompanhar o desenvolvimento das novas tecnologias, mas liderar este movimento de adoção e adaptação de processos e práticas que não só colaboram para a otimização dos negócios, mas que contribuem para uma sociedade mais sustentável, capacitada e desenvolvida”, explica Fabio Mota, vice-presidente do Centro de Serviços Compartilhados da Raízen.
 
A EsalqTec Incubadora Tecnológica, por sua vez, complementará o papel dos demais membros do acordo através da colaboração das suas empresas residentes e associadas, pois já exerce um papel de facilitadora na integração com os demais elementos do ecossistema agrícola brasileiro, assegurando melhor conexão entre a pesquisa e as demandas reais do setor.
 
Sergio Barbosa, gerente-executivo da EsalqTec, complementa: “O agronegócio tem papel essencial na economia brasileira, mas ainda enfrenta desafios para levar ao campo todo o potencial da tecnologia. Essa parceria ajudará a encurtar essa distância e viabilizar a implantação efetiva da agricultura 4.0.” 

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