Extensionistas da Emater/RS-Ascar preparam-se para atender a chamada pública de sustentabilidade

01.03.2013 | 20:59 (UTC -3)
Deise Froelich

Desde o início deste ano, extensionistas da Emater/RS-Ascar de 26 municípios, das regiões administrativas de Santa Rosa e Ijuí, assumiram um novo desafio em prol da sustentabilidade no meio rural. Para atender a chamada pública 10/2012, lote 44, a Emater/RS-Ascar está mobilizando os seus empregados para atender a 4.900 pessoas.

Nessa quinta-feira (28), 64 empregados da Instituição participaram da segunda etapa de debates sobre o desafio. O trabalho, que deve ser efetuado ao longo dos próximos três anos, envolve dez municípios da região de Ijuí, e 16 de Santa Rosa.

A chamada pública é um instrumento para implantação de políticas no Governo federal, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). De acordo com o coordenador da chamada pública na região de Santa Rosa, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Ivar Kreutz, esse conjunto de orientações tem como objetivo “aproximar os extensionistas de um conjunto de ações que estão previstas para a execução do trabalho e garantir efetividade nas atividades que serão realizadas nas unidades de produção familiar”.

A referência central para o desenvolvimento do trabalho, de acordo com o documento que apresenta as diretrizes da chamada Pública SAF/ATER nº 10/2012, é a promoção de uma rota crescente de sustentabilidade dos agroecossistemas, combinando a otimização no uso dos recursos naturais (solo, água e floresta) e o uso de insumos de base ecológica que gerem qualidade, produtividade e estabilidade da produção com crescimento econômico e conservação ambiental.

Para tanto, as comunidades abrangidas serão ouvidas e visitas específicas serão realizadas nas propriedades dos agricultores familiares beneficiados. Entre os temas que serão abordados no planejamento comunitário estarão o manejo e a conservação do solo; os sistemas agroflorestais; as boas práticas no uso e manejo da água; a produção agrícola, pecuária e florestal de base agroecológica e orgânica; e a gestão e a agregação de valor aos produtos.

A rota que pretende culminar em sustentabilidade em diferentes níveis será dividida em três momentos específicos e inter-relacionados. O primeiro consiste em apresentar - a partir de Planos Produtivos, Econômico e Ambiental - a proposta de adoção de práticas que levem à racionalização no uso dos recursos naturais, dos insumos químicos contaminantes, e a adequação produtiva e ambiental das unidades produtivas familiares. A intenção é reduzir os impactos negativos do manejo inadequado do solo, da água e da floresta, além de reduzir o uso de químicos e defensivos.

Na segunda etapa, a ideia é intensificar as práticas adotadas no primeiro momento, levando em conta o aumento do grau de resiliência dos sistemas produtivos e a substituição de insumos contaminantes e degradadores do meio ambiente, por outros insumos e práticas mais sustentáveis.

O último nível deve ser marcado pela consolidação das práticas produtivas sustentáveis. É o momento de estabelecer maior eficiência econômica pela qualidade e diversidade dos produtos ofertados, aumento da segurança alimentar e nutricional, bem como uma maior organização social das famílias para gerir a UPF de forma a atingir maior estabilidade, equidade e autonomia.

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