Expectativa no setor sucroalcooleiro

21.05.2013 | 20:59 (UTC -3)
Richard Pfister

O mês de abril marcou o início da moagem na região centro-sul do País, que nesta safra deverá ser até 10,67% superior à passada segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA) do Estado de São Paulo. Até o último dia 30 de abril, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), a moagem já havia atingido 41,01 milhões de toneladas, contra 14,13 milhões no ano anterior.

A atual safra tem causado expectativa. Devido a estímulo do governo federal, o setor terá um perfil mais alcooleiro este ano, o que pode impactar no preço do etanol nos postos. As incógnitas ainda são muitas. A quantidade de etanol na gasolina aumentou, mas seu preço ainda está defasado. O preço do açúcar ainda não está definido. No centro-sul a chuva ajudou as plantações, já no nordeste a seca atrapalha os produtores. No maior estado produtor, São Paulo, a colheita deverá ser totalmente mecanizada até o ano que vem, o que irá alterar a dinâmica de plantas daninhas.

Enquanto produtores e consumidores aguardam como ficará o mercado, a UPL Brasil, atenta às novas tendências e apostando no fortalecimento do setor, se antecipou e criou uma regional exclusiva para o relacionamento com os produtores de cana. A nova base fica em Ribeirão Preto, um dos principais centros canavieiros no País e que nos dias 22 e 23 de maio sedia o 12° Herbishow.

É na cidade do dinâmico interior paulista, durante o 12° Herbishow, que a UPL Brasil fará a apresentação oficial de sua nova regional e de toda a linha de soluções colocadas à disposição para o segmento canavieiro. Na quarta-feira (22), no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, o General Manager da UPL Brasil, o engenheiro agrônomo Carlos Pellicer, participará de uma palestra junto ao público especializado.

“Aproveitaremos a oportunidade para fazer o lançamento oficial da UPL Brasil no setor de cana-de-açúcar. O Herbishow é um evento consolidado. São de centenas de agrônomos que participam de palestra, debates e apresentação de inovações para o controle de plantas daninhas. Ele será nossa vitrine”, conta Diego Arruda, engenherio agrônomo e gerente de produtos da UPL Brasil.

O mercado brasileiro de agroquímicos fechou 2012 com aproximadamente US$ 9,7 bilhões. Segundo Arruda, a cana representou pelo menos 13% do total, ou cerca de US$ 1,3 bilhão. A UPL, que prevê faturar até US$ 300 milhões este ano no País, espera que pouco mais de 10%, ou US$ 35 milhões, partam dos canaviais. Nos próximos três anos o objetivo é superar os US$ 100 milhões nessa cultura. E a tendência é aumentar.

Este será o último ano em que a queima da palha de cana será permitida em locais planos no estado de São Paulo. Atualmente, cerca de 85% da lavoura é mecanizada. Em 2013 praticamente a totalidade deverá ser mecanizada para que produtores se adaptem à nova legislação. A nova realidade já modificou a dinâmica das plantas daninhas.

Para atender ao consequente fortalecimento do mercado de herbicidas para a cana, a UPL está preparada. Novas soluções já são produzidas em sua fábrica de Ituverava, cidade próxima a Ribeirão Preto. “Com o aumento da mecanização as ervas de folhas largas passaram a ser um problema maior. Diante deste cenário a UPL programa lançamentos de produtos com foco neste espectro de ervas”, avalia Arruda.

O engenheiro agrônomo também atenta para o problema que a colheita mecanizada mal planejada causa à produtividade. “Apesar da possibilidade de quebra de safra de 15% no nordeste, devido à seca, estimamos um boa produtividade no centro-sul por conta do regime pluviométrico satisfatório. Porém, os produtores precisam ficar atentos ao uso incorreto das colheitadeiras, que arrancam as raízes das plantas e causam falhas no rebrota da soqueira”, explica.

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